Depois de na última edição ter ajudado a financiar seis Iniciativas Empreendedoras de Investigação (ERIs), o Programa Carnegie Mellon Portugal tem agora 5,2 milhões de euros para financiar pela via competitiva um conjunto de quatro a sete ERIs, por um período de quatro anos. O concuso está a decorrer até 16 de dezembro e as candidaturas devem ser formalizadas através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
“As iniciativas Empreendedoras de Investigação são um instrumento-chave para a boa concretização dos objetivos do Programa CMU Portugal”, explica João Claro, diretor nacional de do Programa Carnegie Mellon Portugal, enfatizando que o que aqui está em causa é apoiar projetos com um financiamento elevado, a quatro anos, pretendendo-se que estes funcionem como motores de inovação de escala internacional, “permitindo integrar as nossas instituições e empresas em redes globais de conhecimento e de negócios e gerar ideias criativas, com impacto real”. Em 2013, o Programa CMU Portugal lançou de forma pioneira um concurso para financiamento de projetos com estrutura inovadora, articulando estrategicamente atividades nas áreas da investigação, educação e inovação. “A primeira edição do concurso foi um sucesso, com a submissão de 21 candidaturas, nas quais participaram mais de 50 empresas, desde spin-offs a multinacionais, com um volume de co-financiamento de mais de três milhões de euros”, explica João Claro.
Para a segunda edição do concurso o diretor do Programa CMU Portugal, diz estar focado em conqusitar novas ideias e propostas que ajudem a consolidar a relação entre a Carnegie Mellon University e as empresas, ajudando assim a capitalizar o talento que o Programa CMU Portugal tem atraído. “Queremos projetos que conciliem a investigação fundamental e aplicada na resolução de problemas reais”, enfatiza.
Tal como na primeira edição, cada ERI deve integrar equipas multidisciplinares compostas por investigadores de instituições portuguesas, da Carnegie Mellon University e de um ou mais parceiros empresariais. “As ERIs pretendem dar ênfase à formação avançada e à investigação com um potencial significativo de impacto empreendedor, estimulando a inovação no sector das TIC e contribuindo para uma maior competitividade e sustentabilidade económica”, explica João Claro. A avaliação das candidaturas será assegurada por painéis internacionais de avaliadores independentes.
Até 2013, o programa já tinha financiado 25 projetos de investigação que geraram impacto em mais de 80 empresas, entre as quais se destacam a Novabase, Critical Software, PT ou Outsystems. Das seis iniciativas atualmente apoiadas, três propõem o desenvolvimento de aplicações na área da saúde, uma propõe um novo programa de comunicação entre dispositivos móveis e duas têm foco na área de gestão e politicas de inovação tecnológica e de industrialização.