Carreiras

ExpressoEmprego - Barómetro RH - Rémy de Cazalet



01.01.2000



  PARTILHAR




Rémy de Cazalet
Michael Page Internacional



Chegado um novo ano, regressam as temáticas e preocupações que, nesta fase, nos detêm e a urgência que as mesmas conduzam a acções concretas e medidas que ajudem o nosso tecido organizacional a gerar valor. O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013 atribui a maioria das suas verbas de apoio a esta temática, o Conselho de Ministros aprovou a resolução nº25/2006 de 10 de Março que visa “promover a qualificação dos portugueses, desenvolvendo e estimulando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação como principal garantia do desenvolvimento do país e do aumento da sua competitividade”.


Concluímos que esta será sem dúvida a principal discussão conceptual a estar em cima da mesa neste ano, mas sobre que factores deverão incidir estas estratégias? Em termos práticos, questões como implementar verdadeiros sistemas de avaliação de desempenho, retenção dos melhores quadros, enquadramento dos quadros médios como catalizadores da organização, flexibilidade contratual, emigração de talento e produtividade, são alguns dos temas delicados das organizações.

Estes factores deverão ser analisados numa óptica macro na estrutura e micro nos departamentos, tendo em conta que deverão ser abordados em conjunto com os colaboradores e alinhados com a estratégia da empresa. Não existe uma fórmula, mas num país que se pauta pelo conforto no local de trabalho, e onde a flexibilidade contratual é encarada com receio, a única forma é premiar o desempenho e suprimir o fosso existente entre as primeiras linhas e os quadros médios. Desta forma, consegue-se reter os melhores quadros com um sistema de avaliação justo e orientado para objectivos, e aumenta-se a produtividade criando um sentimento de recompensa justa.

Será que em 2008 se encontrará a solução para o famoso problema da produtividade? Certamente se irão desenvolver novas estratégias, mas demorará muito tempo a verificar as alterações no tecido produtivo. Se a entrada na União Europeia tivesse resultado num plano de desenvolvimento tecnológico em vez de apoio ao sector primário e secundário, talvez a mudança fosse visível. O apoio à qualificação dos portugueses não deverá ser baseado em exemplos de outros países, pois continuaremos a ser competitivos em preço, mas dificilmente conseguiremos acompanhar a 1ª velocidade da Europa. O desafio estratégico de Portugal incidirá fundamentalmente na inovação.






DEIXE O SEU COMENTÁRIO





ÚLTIMOS EMPREGOS