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O dinamismo que os move

O dinamismo que os move

A nova geração profissionais financeiros do século XXI ambiciona segurança laboral, possibilidades de evolução profissional e uma remuneração acima da média, mas aquilo que de facto os move, segundo a consultora Mercer, é uma carreira dinâmica.
23.09.2010 | Por Cátia Mateus


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Têm uma visão confiante da sua progressão profissional, ambicionam segurança no emprego e são muito motivados pela remuneração. Este é o espelho dos jovens profissionais financeiros do século XXI à luz do estudo da consultora Mercer (em parceria com a Association of Chartered Certified Accountants), Generation Y: Realising the potential . O estudo reflete uma geração de jovens – a designada Geração Y – onde o dinamismo é o motor profissional, seja dentro ou fora das tradicionais carreiras do setor financeiro.

É bem verdade que segundo estes dados, a maioria dos jovens profissionais está satisfeita com a sua atual situação. Mas apesar disso, dizem os autores do estudo que é preocupante observar as suas perspetivas futuras. Cerca de metade destes jovens profissionais consideram que a organização onde estão integrados não lhes oferece oportunidades de desenvolvimento de carreira suficientes. O estudo sugere mesmo que a Geração Y consegue trabalhar a ritmos intensos, mas quer ser compensada por isso, de forma rápida e transparente.

Face a este cenário, Diogo Alarcão, partner da Mercer, não tem dúvidas: “sabemos que, futuramente, muitas empresas irão precisar de colaboradores com perfis diferenciados, alguns afetos às carreiras financeiras tradicionais, e outros que apliquem as suas competências financeiras em áreas que se desviam do âmbito tradicional”. Para o especialista, a boa notícia é que esta tendência vai exatamente de encontro ao que a Geração Y procura. “Estes jovens encaram as suas habilitações na área financeira como um bom ponto de partida para uma base mais alargada de carreira e para as entidades empregadoras, é um grande desafio dar-lhes a flexibilidade de carreiras a que aspiram num curto espaço de tempo”.

Face a esta realidade, o grande desafio organizacional do momento será pois gerir as expectativas profissionais desta geração e ter uma atitude transparente no que toca a estratégias de desenvolvimento de carreira. Diz Diogo Alarcão que “se os empregadores não o conseguirem fazer, correm sérios riscos no que toca à retenção de talentos, sobretudo se as condições da economia a nível global melhorarem”.

Perante um ambiente competitivo e em constante mudança como é o setor financeiro, “a única constante é a guerra pelos talentos”, refere o partner da Mercer. Ainda assim, “um dos cenários mais críticos no que se refere a talentos é, precisamente, o da Geração Y. As empresas estão conscientes de que, para serem, considerados como um empregador de eleição para esta nova geração, têm de encontrar novas estratégias para atrair e reter talentos”, alerta.

O mundo atravessa um momento em que os profissionais tomaram as rédeas do desenvolvimento da sua própria carreira, tendo como meta assegurarem a sua própria progressão. O dinheiro é uma variável importante para esta faixa etária que aspira a valores e pacotes remuneratórios competitivos, mas não deixa de lado outros valores como o work-life balance e organizações que espelhem valores próprios.

Segundo a Mercer, “para atraírem talentos desta geração, as empresas terão de centrar as suas propostas na progressão da carreira”. Esta é uma geração que valoriza a segurança laboral mas que, à luz dos resultados deste inquérito, está pronta a deixar a organização se as promessas de carreira que lhe foram feitas não forem cumpridas.

O estudo reúne respostas de mais de 3200 jovens profissionais em 122 países e é, segundo a Mercer, “um dos maiores estudos já realizados sobre a geração mais jovem do atual mercado laboral”. Os resultados, afirma a consultora, “apresentam um sério aviso às entidades empregadoras do setor financeiro que terão de corresponder às aspirações desta nova geração e oferecer-lhes carreiras que lhes permitam capitalizar as suas competências financeiras, sob pena de perderem futuros talentos”. Tanto mais que, o capital humano será cada vez mais um fator de diferenciação competitiva onde a criação de valor é feita por pessoas, ideias e pela marca da organização.



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