Nasceram depois de 1982, são jovens, têm orientação global, foco digital e são os líderes do futuro. Para eles, a carreira está mais associada à missão do que à progressão. O seu foco é a motivação permanente, mas não se pense que não há nas suas metas a ambição de chegar ao topo. A tecnológica IBM estudou a relação da Geração Millennial com o trabalho e percebeu que há muitos mitos associados aos líderes do futuro. ?Até 2020, os Millennials representarão aproximadamente 50% da força de trabalho nos Estados Unidos da América.
Em apenas cinco anos, a também designada Geração Y exercerá cada vez mais influência nas decisões das empresas, posicionando-se em lugares de liderança e assumindo uma relevância estratégica. “Esta mudança vai acontecer, e é preciso criar o ambiente de trabalho apropriado que permita maximizar os pontos fortes exclusivos desta geração”, conclui o estudo multigeracional global “Mitos, exageros e verdades incómodas”, realizado pelo Instituto for Business Value (IBV) da IBM.?
Mas no que diferem de facto os Millennials das gerações profissionais anteriores? Segundo o estudo, o principal fator diferenciador é a sua proficiência digital, ou não fosse esta uma geração que já nasceu e cresceu imersa no mundo digital. Em matéria de objetivos de carreira e comportamentos, a investigação conduzida pela IBM revela que as diferenças geracionais não são tão notórias: “objetivos de carreira, reconhecimento, estilos de liderança, relacionamento e trabalho de equipa”, figura na lista de preocupação dos Millennials, tal como figuravam entre as expectativas dos colaboradores da Geração X ou, ainda antes, dos Baby Boomers.
Do mito à realidade
Na investigação que conduziu, a IBM identificou cinco mitos em relação aos Millennials, no que diz respeito à sua relação com o trabalho e a carreira. O primeiro é desde logo a ideia de que os objetivos e expectativas de carreira desta geração são irrealistas. Nada mais errado, realça a IBM, que defende que tal como outras gerações, “os Millennials querem segurança financeira e criar um impacto positivo no local de trabalho”.
Há também a ideia de que os jovens profissionais da Geração Y “querem ser venerados e que acham que todos deveriam merecer um troféu” e ainda que são viciados no mundo digital, sem conseguir estabelecer os limites entre trabalho e lazer. Mas “para esta geração, o chefe perfeito não é alguém que lhes está sempre a dar pancadinhas nas costas”, enfatiza o estudo acrescentando que “os Millennials preferem um chefe justo, correto e transparente”. Na verdade, quando questionados se uma equipa de sucesso deve receber compensações, só 55% da Geração Millennial considera que sim, contra 64% da Geração X.
Na separação do trabalho e lazer, o estudo também comprovou que a nova geração tem uma estratégia pessoal de social media, sabe o que quer comunicar e como, sem misturar as águas.?Da lsita de mitos em torno desta geração de profissionais, constam ainda as ideias de que os Millennials não conseguem tomar decisões sozinhos e que têm mais facilidade em deixar empregos onde não se sintam realizados. O estudo comprova que os Millennials valorizam as ideias dos colegas, mas não procuram mais ajuda na hora de decidir do que a geração anterior e que mudam de emprego pelas mesmas razões do que as gerações anteriores.