Gestão e liderança em tons de rosa-choque
Na semana em que se comemorou o Dia da Mulher. a Psicoforma, empresa de formação do grupo Randstad, promoveu uma reunião debate sobre a liderança no feminino reunindo um conjunto de 30 diretoras de recursos humanos, num ambiente que elas conhecem tão bem: um closet. Entre as conclusões do encontro ficou a certeza de que as mulheres têm sucessivamente conquistado terreno no universo empresarial, mas ainda há muitas áreas onde é preciso, literalmente, sair do armário.
09.03.2012 | Por Cátia Mateus

PARTILHAR
Menino não entra foi o mote do convite da Psicoforma para um final de tarde informal, entre mulheres, e onde o assunto era tão somente esse: elas e o seu papel enquanto líderes nos negócios e na vida. A tertúlia sob o lema “Liderança no feminino” é a primeira de várias que a empresa de formação do grupo Randstad tem perspetivadas. Esta teve uma característica especial. Ocorreu dentro de um closet e contou com a colaboração da Strazzera, que no final quis fomentar a interação entre os participantes com workshops sobre pose para fotografia, cabelos, maquilhagem, pele e styling closet. Porque na vida e nos negócios a imagem é a primeira forma de comunicar.
O debate decorreu no mundo delas, mas nem o facto de estarem dentro de um roupeiro e rodeadas de acessórios de moda, distraiu as líderes presentes no encontro da força dos números. Catarina Horta, diretora de recursos humanos do grupo Randstad e diretora comercial da Psicoforma, demonstrou que apesar de se terem registado progressos na percentagem de mulheres em chefias intermédias, o número de mulheres em cargos de direção e administração continua muito baixo em toda a Europa, com única exceção para a Noruega onde foram instituídas quotas.
Mas o acesso a cargos de chefia é o único fosso entre homens e mulheres no mercado de trabalho. As questões salariais são outro ponto que distancia os sexos em Portugal. Segundo os dados mais recentes da Comissão Para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), para conseguirem ganhar o mesmo rendimento anual que os homens, as mulheres portuguesas têm de trabalhar mais dois meses. Uma diferença de salário que em Portugal chega aos 21%.
A remuneração média mensal das mulheres em Portugal é de 831 euros, enquanto os homens auferem mensalmente uma média de 1024 euros. Há também duas vezes mais trabalhadoras a ganhar o salário mínimo nacional, ou menos, do que homens. E segundo Catarina Horta esta desigualdade é tanto maior quanto o nível de escolaridade. “Em Portugal, quanto maior é o nível de escolaridade, maior é a diferença salarial. Uma mulher com o 3º ciclo recebe, em média, 79,7% do que recebe um homem e for licenciada recebe 68,8%”, adianta a diretora de Recursos Humanos da Randstad, explicando que nesta “guerra” de sexos, Portugal não é caso único das diferenças. Nos Estados Unidos, por exemplo, “há um iato de 10 mil dólares entre géneros nos profissionais com MBA”, enfatiza Catarina Horta.
E estas diferenças praticadas durante a vida ativa têm, naturalmente, impacto nas pensões. Aqui, as mulheres recebem em média menos 40% do que os homens, ficando-se nos 304 euros mensais contra os 516 euros médios dos reformados masculinos. Os salários são provavelmente a forma mais visível da desigualdade ainda existente entre os sexos nas matérias da carreira e da liderança, mas há outras desigualdades. As mulheres tendem ainda a trabalhar em sectores tradicionalmente mais associados a funções femininas e são, em muitos casos claras, as diferenças na capacidade e oportunidade de conciliação entre a vida profissional e familiar.
O tema da liderança das mulheres e da sua integração no mercado laboral inaugurou assim um ciclo de tertúlias que a Psicoforma iniciou este mês e que se prolongará durante o ano. A primeira tertúlia contou com a colaboração do atelier Strazerra, especializado em moda, beleza e lifestyle, com o qual a Psicoforma estabeleceu recentemente uma parceria que visa levar as questões da imagem e da moda, tão importantes no quotidiano empresarial, aos programas da Psicoforma.
A Strazzerra foi lançada em 2008 e oferece formação em diversas áreas, incluindo a fotografia de moda e fotografia geral. Além desta componente, a empresa que tem uma equipa de oito pessoas, trabalha também na área do aluguer de styling e criação de looks a pedido. Embora esteja aberta ao público, mediante marcação prévia, a Strazzera está a centrar a sua atividade no universo empresarial, onde a marca quer ajudar os profissionais a adequarem o seu perfil e imagem ao contexto profissional onde estão inseridos.
OUTRAS NOTÍCIAS
Marta Rocha começou a sua carreira aos 22 anos, como técnica de recursos humanos na Portucel e integrou a equipa também a equipa da Benetton como responsável pelo departame...
Chama-se “Futuro Connosco” e é oficialmente apresentado a 27 de março. O novo programa de formação e empregabilidade da tecnológica Primavera BSS, especializada no desenvolvimento de soluções de gestã...
Dizer que a adversidade pode gerar boas oportunidades de negócio pode parecer senso comum, até existirem exemplos concretos. Não foi a crise em si que uniu um arquiteto e um advog...
DEIXE O SEU COMENTÁRIO
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
20.05.2022
Apesar da preferência pelo regime de freelancer, dois em cada três estafetas da Bolt, Glovo e Uber querem ter mais proteção social
Apesar da preferência pelo regime de freelancer, dois em cada três estafetas da Bolt, Glovo e Uber querem ter mais proteção social
13.05.2022
A taxa de desemprego em Portugal recuou no primeiro trimestre, para 5,9%, e o emprego aumentou, ultrapassando 4,9 milhões de pessoas
A taxa de desemprego em Portugal recuou no primeiro trimestre, para 5,9%, e o emprego aumentou, ultrapassando 4,9 milhões de pessoas
22.04.2022
Mais de 36 mil trabalhadores qualificados mudaram de emprego nos primeiros três meses de ano. Análise da rede social LinkedIn traça o perfil dos profissionais mais disputados pelas empresas
Mais de 36 mil trabalhadores qualificados mudaram de emprego nos primeiros três meses de ano. Análise da rede social LinkedIn traça o perfil dos profissionais mais disputados pelas empresas
08.04.2022
Altis, Fátima Hotels e Pestana são dos primeiros grupos a contratar pessoas fugidas da guerra
Altis, Fátima Hotels e Pestana são dos primeiros grupos a contratar pessoas fugidas da guerra
08.04.2022
Despesas: Empresas definiram valores fixos mensais para comparticipar custos do teletrabalho. Mas lei é soberana: se o valor definido não cobrir as despesas, trabalhadores podem exigir reembolso, como consta no Código do Trabalho
Despesas: Empresas definiram valores fixos mensais para comparticipar custos do teletrabalho. Mas lei é soberana: se o valor definido não cobrir as despesas, trabalhadores podem exigir reembolso, como consta no Código do Trabalho
ÚLTIMOS EMPREGOS
HAYS
25.05.2022 | Grande Lisboa
| Referência: 2044260
A empresa onde vai trabalhar
Integre uma empresa pioneira na área da Eficiência Energética e Smart Cities, pertencente a um grupo de referência, assumindo a função de Account Manager, baseado em Lisboa.
A sua nova função
Este profissional ass...

PARTILHAR
HAYS
25.05.2022 | Porto
| Referência: 2046377
A empresa onde vai trabalhar
Integre uma empresa inovadora, dinâmica e com um papel central na ativação de marcas reconhecidas do mercado internacional
A sua nova função
Como Account Manager reportará à team leader do departamento. Terá como p...

PARTILHAR
HAYS
25.05.2022 | Porto
| Referência: 2043894
A empresa onde vai trabalhar
O nosso cliente é uma referência de atuação no setor da saúde, em Portugal.
A sua nova função
Reportando ao responsável de contabilidade do grupo, este profissional terá como principais
responsabilidades:
- A exe...

PARTILHAR
ÚLTIMAS FORMAÇÕES
APCER
02.05.2022|Porto
| Referência: 18683
Data da formação: 31 maio 2022
Faça a sua inscrição aqui.

PARTILHAR
APCER
02.05.2022|Online
| Referência: 18682
Data da formação: 30 maio 2022
Faça a sua inscrição aqui.

PARTILHAR
APCER
02.05.2022|Online
| Referência: 18681
Data da formação: 30 maio 2022
Faça a sua inscrição aqui.

PARTILHAR