Como negociar a saída?
Em época de rescisões e despedimentos, há que ter atenção redobrada à forma como se desvincula da empresa para a qual trabalhou. Para os profissionais, a regra número um é manter a calma. Para os empregadores, é importante não esquecer o respeito por quem colaborou para o sucesso do seu negócio.
03.05.2012 | Por Cátia Mateus
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Num momento economicamente adverso como que atravessa o país e onde a taxa de desemprego não pára de subir, a desvinculação laboral está na ordem do dia. Segundo os dados mais recentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), os dados relativos a março deste ano revelam que o número de despedimentos por mútuo consentimento triplicou face a igual período do ano passado. No mês passado, inscreveram-se nos centros de emprego 4.084 desempregados que declararam como motivo de despedimento a assinatura de um acordo com a respetiva entidade patronal. Mas se o número de rescisões amigáveis tem vindo a crescer, há casos em que nem tudo é pacífico na hora da saída. Os especialistas de recrutamento e seleção alertam para a necessidade de evitar alguns erros no momento de sair.
A primeira pergunta que um trabalhador deve fazer perante uma proposta de rescisão amigável é se vai ter subsídio de desemprego. Na generalidade, qualquer empresa privilegia o acordo com o trabalhador, mas os processos de rescisão têm muitas variáveis. Por exemplo, uma empresa só pode propor ao trabalhador um acordo que implique o subsídio de desemprego se no último triénio não tiver realizado semelhante acordo com um número superior a 1/3 do total dos seus efetivos. O decreto-lei 220/2006, de 3 de novembro, estipula no seu artigo 10º nº4 os limites de quotas legais em vigor e o trabalhador tem de ser informado no momento em que negoceia o seu acordo se está ou não abrangido por este limite de quotas.
Manter a calma é a chave para qualquer negociação, sobretudo no momento em que negociar a indemnização a que tem direito. Não se coiba de evidenciar o seu valor e o papel que teve na organização e se não quiser mesmo aceitar a dispensa do trabalho, procure negociar a permanência na empresa em part-time, com a necessária redução salarial. Porque não?
Mas a prudência não é só válida para o trabalhador. Além do necessário cuidado na forma como é conduzido todo o processo, do lado de quem despede é obrigatório ter respeito pelo trabalhador que apoiou o sucesso da organização. Yves Turquin, managing director da empresa de outplacement Transitar, enfatiza mesmo que respeito é um factor determinante em todo o processo e que também do lado de quem despede há erros que é imperativo evitar.
O primeiro erro crasso é não preparar a reunião de desvinculação. A conversa será à partida difícil e não preparar a abordagem pode complicar muito o processo. Yves Turquin, salienta ainda que jamais uma conversa de desvinculação deve ser apressada. “O gestor deve dar ao trabalhador todo o tempo necessário para tirar dúvidas, pedir esclarecimentos e expressar os seus sentimentos”, explica.
O responsável da Transitar aconselha ainda a que a reunião decorra num ambiente privado, nunca em frente a terceiros ou num espaço sujeito a interrupções. A decisão deve ser sempre explicada ao trabalhador com argumentos válidos e é aconselhável que seja a chefia direta ou o diretor de recursos humanos a comunicar a decisão de desvinculo ao trabalhador. O recurso a serviços de outplacement que possam apoiar os trabalhadores na transição da sua carreira, são também uma forma de retribuir ao colaborador dispensado, o seu trabalho ao serviço da empresa.
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