Há seis milhões de euros para financiar quatro a sete Iniciativas Empreendedoras de Investigação (Entrepreneurial Research Initiatives - ERIs), durante um período máximo de quatro anos, e as candidaturas a este concurso de financiamento, promovido no âmbito do Programa Carnegie Mellon Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), decorrem até 16 de outubro.
A fase II do Programa Carnegie Mellon Portugal, onde se insere este concurso de financiamento, “dá ênfase à formação avançada e à investigação com um potencial significativo de impacto empreendedor”, explica João Claro, diretor nacional da parceria Carnegie Mellon Portugal. Segundo o diretor, as Iniciativas Empreendedoras de Investigação assumem-se como um instrumento-chave para o bom cumprimento dos objetivos do programa que visa, prioritariamente, “estimular e promover a inovação no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação em Portugal”, esclarece João Claro.
O concurso prevê um investimento de seis milhões de euros em quatro a sete iniciativas empreendoras, por um período limite de quatro anos. Nas propostas a submeter nesta nova edição do concurso de financiamento Carnegie Mellon/FCT, a decorrer até outubro, os promotores dos projetos terão de apresentar um plano estratégico global de desenvolvimento do trabalho, bem como planos específicos para as componentes de investigação, educação e inovação, sem esquecer “uma perspetiva de sustentabilidade para além do final do projeto”, enfatiza o diretor do programa Canergie Mellon Portugal.
Inovação nacional com dimensão internacional
Para João Claro, “as Iniciativas Empreendedoras de Investigação devem ter como missão serem motores de inovação de escala internacional, integrados em redes globais de conhecimento e de negócios, para formar inovadores criativos, gerar novas ideias, e traduzi-las em produtos, processos e serviços”. O diretor esclarece ainda que, nesta ótica, as propostas apresentadas devem ter um cariz interdisciplinar, “numa estreita articulação entre atividades de investigação, formação avançada e inovação, com vista a resolver problemas concretos que conduzam a desafios científicos relevantes”.
Cada uma das propostas apresentadas devem incluir um consórcio composto na sua configuração mínima por dois parceiros de instituições de investigação portuguesas e uma empresa, integrando ainda uma equipa de investigadores da Carnegie Mellon University. As candidaturas deverão ser formalizadas junto da Carnegie Mellon Portugal. Para viabilizar este programa a instituição realizourealizou já uma série de reuniões com universidades portuguesas e com a Carnegie Mellon University, onde os diretores do programa nacional apresentaram o conceito. Para setembro está prevista uma nova ronda de reuniões e ações de divulgação do projeto.