Nadim Habib, diretor executivo da NovaSBE, acredita que em dois a três anos a oferta formativa da instituição será totalmente lecionada em inglês e em estreita articulação com os núcleos de Angola, Moçambique e Brasil, onde a escola também atua. A meta é oferecer a alunos e empresas, soluções de qualificação à medida das suas necessidades.
A cada dois anos, a NovaSBE olha para novas áreas onde queira aprofundar e partilhar conhecimentos. Esta visão conduziu no passado à criação de um master na área da saúde e, mais recentemente, a uma master class na área da logística marítima. “Percebemos que existe um gap enorme entre o real potencial do mar e o que fazemos para realmente tirar rentabilidade dele”, explica Nadim Habib que destaca ainda a aposta da instituição também na área das empresas familiares. “Reparámos que com facilidade as empresas familiares podem ser um sucesso ou um fracasso e o que procurámos foi perceber quais os cinco eixos que sustentam o sucesso destas organizações”. Um estudo que conduziu já à criação do primeiro programa de formação na área – o Owner Management Program – que a instituição tem previsto para novembro e onde a meta é “partilhar com empresas não familiares os trunfos de sucesso das organizações familiares, levando-as a aprender com as suas estratégias de gestão”, explica Nadim Habib.
Para o diretor da NovaSBE, “o dono de uma empresa tem três papéis: gestor, empreendedor e acionista. Nem sempre é fácil desempenhá-los em simultâneo”. Ajudar os executivos e líderes a gerir as suas múltiplas valências é umas das missões da instituição que prepara já o arranque do novo ano com renovadas ofertas académicas. Em conjunto com a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, a NovaSBE vai realizar um mestrado em Direito e Gestão de Empresas. O curso está vocacionado para jovens licenciados em Direito que pretendam desenvolver uma carreira no mundo empresarial, preparando-os para as exigências das organizações atuais.
Direcionado para um público mais experiente, onde se incluem executivos e negociadores, está também já agendado para setembro, o Advanced Negotiation Program, “um programa avançado de negociação que combina uma experiência de aprendizagem baseada num simulador com o know-how de professores internacionalmente reconhecidos”. Ainda sem data definida está o Programa de Liderança Positiva, desenhado a pensar numa audiência com responsabilidades de gestão e liderança dentro das organizações, que ambiciona potenciar o desenvolvimento dos negócios e o desempenho e desenvolvimento das suas equipas. Líderes e empreendedores são o grande público de um programa que quer ajudar potenciar a evolução das organizações a uma escala cada vez mais global.
Internacionalização: o novo paradigma da formação executiva
Para Nadim Habib, o paradigma da formação executiva tem de mudar em Portugal, acompanhando a mesma tendência de globalização e internacionalização de saberes que os profissionais há muito já abraçaram. O diretor executivo (CEO) da Nova School of Business & Economics – Executive Education, tem em marcha um projeto que visa implantar em Portugal o hub de formação executiva globalizada com a chancela da Nova SBE.
Formação totalmente lecionada em inglês em todos os programas executivos da instituição e uma orientação comum, de modelos de ensino e de oferta formativa, nos vários polos que a NovaSBE tem espalhados por geografias tão distintas como Angola, Moçambique ou Brasil são as âncoras deste programa estratégico para a instituição que, segundo o líder, “vai fazer com que o target da NovaSBE mude”.
Para Nadim Habib “a origem de Portugal foi a globalização e que os estamos a assistir atualmente é o regresso dessa aposta, dessa partida à conquista do mundo”. Nos últimos anos o perfil dos alunos da instituição iniciou uma clara mudança. “O empreendedorismo e a inovação, claramente, tiveram impacto nas pessoas. Cada vez temos mais alunos que têm o seu próprio negócio e que nos procuram para aprofundar as suas competências de gestão e liderança”, explica o diretor acrescentando que até aqui, o perfil típico dos alunos da Nova SBE eram profissionais de grandes empresas, com funções ao nível do midle management e em fase de transição para posições de liderança que procuravam cursos de formação executiva, cujos custos eram suportados pela empresa. Um cenário que ainda existe, mas que está a mudar.
“Na última edição do Curso Geral de Gestão, 30% dos alunos já tinham o seu próprio negócio”, explica Nadim Habib acrescentando que “a constatação desta mudança de cenário e de público, fez com que tivéssemos de repensar em profundidade a organização dos nossos cursos e a nossa oferta”. Trabalhar o ‘planing to win’ (estratégias de sucesso) tornou-se um factor-chave em todos os cursos em Portugal e nas outras geografias onde a Nova SBE atua. Sendo certo que cada região tem as suas especificidades e necessidades formativas distintas, há para Nadim Habib um elo que é comum e que está a ditar grandes mudanças nos modelos de formação executiva atuais: “há dez anos, uma empresa bem organizada ganhava em todos mercados. Hoje, com a mesma organização ela não ganha. Precisa de mais competências e esse é o grande desafio das instituições de formação executiva”. E o diretor reconhece mesmo que “há pessoas muito inteligentes e qualificadas que nos procuram porque sentem que precisam de mudar a sua forma de trabalhar”.