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- Globalização e Carreiras internacionais



01.01.2000



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Globalização e Carreiras internacionais

Autor: Paulo Finuras
Recursos Humanos Magazine Nº 5 Novembro/Dezembro 1999

Globalização é um conceito que descreve um processo de tendência para a mundialização da economia, dos negócios, dos mercados, gostos e hábitos de consumo. Trata-se de algo mais que a internacionalização (que já existia enquanto fenómeno multidoméstico) e caracteriza-se, essencialmente, pela redução do Tempo e do Espaço. Trata-se de um fenómeno planetário que nos coloca novos desafios e faz emergir a necessidade de novas competências que ainda não estão a ser objecto da atenção merecida.

O investigador americano Jonh Child (Chil's, 1990) efectuou uma análise sobre diferentes estudos interculturais e identificou dois tipos de conclusões. Uns que apontam, sem hesitação, que a economia mundial cresce de forma cada vez mais convergente assente em práticas de gestão similares. Outros, apontam que as culturas nacionais mantêm as suas características e abordagens únicas e distintivas. Assim, enquanto uns concluem pela convergência, outros, concluem pela tendência para a divergência.

O que acontece, quando olhamos mais de perto para este fenómeno é que a maioria dos estudos que conclui pela convergência das práticas de gestão, centra-se nas questões macro (estruturas e tecnologia das organizações), enquanto os estudos que concluem pela divergência, centram-se em questões de ordem micro, tais como os comportamentos organizacionais. Ou seja, a nível global, as organizações tendem a convergir, enquanto o comportamento das pessoas tende a divergir.

Não obstante tudo isto, muitos gestores continuam a pensar e a assumir que pessoas de diferentes culturas são basicamente similares a eles próprios. Tal como referem Burger e Bass (Op.cit), os Americanos, em particular, tendem a acreditar que todos os países tenderão a ser como eles. Esta assumpção é perigosa e mesmo enganadora. É verdade que as pessoas são, essencialmente, iguais em qualquer parte do mundo, mas as culturas não. É provavelmente por isto que ainda pouco se investe na formação multi e intercultural e no desenvolvimento desta nova competência. Assim, neste artigo, abordam-se as principais causas da globalização e o seu impacto na criação de novas necessidades e exigências que se colocam à gestão das carreiras internacionais e as competências interculturais necessárias para o seu êxito.

Fonte RHM (continua)






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