3. O Internacional: mistura das semelhanças e das diferenças
Se não existissem quaisquer
pontos em comum entre os países, provavelmente não haveria vantagens a
explorar para as empresas mundiais, porque a virtude (embora seja simultaneamente
a dificuldade) do plano internacional é precisamente a mistura das semelhanças
e das diferenças. Podemos considerar dois grandes níveis de diferenças,
historicamente ligadas e interdependentes:
As diferenças de sistemas: geografia, clima, demografia, organização
da sociedade, política, economia, sistema legal;
As diferenças culturais (cultura nacional ou programação mental colectiva).
Para analisá-las é necessário
uma abordagem multidisciplinar que inclua vertentes diferentes como as
do sociólogo, do politólogo, do economista, do jurista, do antropólogo
e dos psicólogos sociais. Sabemos que o desenvolvimento dos negócios pode
ser travado ou favorecido por pequenas diferenças de regulamentação, sistema
de decisão administrativa, ou por uma diferença de cultura ou de comportamento.
A diferença de cultura, que começa com a língua, pode, desde logo, criar
erros de compreensão dos sistemas. Podem mesmo surgir mal-entendidos logo
na fase inicial de conhecimento, tanto mais que aquele que quiser padronizar
tende a privilegiar as semelhanças, enquanto que aquele que quiser diferenciar
e adaptar destacará as diferenças.
Fonte RHM (continua)