Carreiras

Expatriação e gestão de quadros internacionais



01.01.2000



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Expatriação e gestão de quadros internacionais

Um dos problemas, especificamente internacionais, da GRH é a expatriação e a gestão dos expatriados. À questão " quem é que se deve mandar para o estrangeiro" as respostas das multinacionais são muito variadas. A grande maioria das empresas multinacionais dá prioridade à aquisição prévia de especialização num domínio, e a um princípio de êxito profissional. De qualquer maneira, investem em expatriados que já tenham competência e bom potencial (na Dow Chemical diz-se "enviamos os melhores para o estrangeiro, porque, neste caso, todos querem vê-los voltar e não há problemas de regresso").

Outras, empresas multinacionais dão importância à motivação do expatriado, à sua vontade de partir e de viver noutra cultura, como, por exemplo, a L'Air Liquide, a ICI, a Jaguar, a Pernod-Ricard, a Procter & Gamble, a United Molasses, a Cegoc-Tea.
A motivação das famílias também é muito importante. Para algumas empresas, as necessidades e desejos da família devem vir em primeiro lugar. É uma total perda de tempo forçar um homem, seja a separar-se da sua família para prosseguir a sua carreira, seja a submeter os filhos a interrupções da escolaridade ou a outro tipo de inconvenientes quaisquer se isso o contrariar.

Para outras empresas ainda, como a Pernod-Ricard, a Unilever, a AGF e o Commerzbank, é considerado como um critério pertinente, ter passado, pelo menos, dois anos na sede, bem como, o facto de ser casado, ter família ou um bom equilíbrio familiar. Na ABB, na Accord, na Renault o que toma em conta, fundamentalmente, é a qualidade do equilíbrio familiar.
Na minha opinião, o quadro internacional deve ser criteriosamente escolhido e a gestão da sua carreira internacional cuidadosamente ponderada pelo próprio e com a família. Tornar-se global não deve ser entendido apenas no sentido físico ou económico do termo mas também no sentido mental. Numa perspectiva intercultural, os requisitos fundamentais para um quadro internacional ser bem sucedido em ambientes internacionais e multiculturais, são:

1 Ser capaz de lidar com situações ambíguas 2 Possuir um espírito aberto e capaz de abordar outras culturas sem pré-juízos 3 Ser genuíno, não desejar tornar-se igual aos outros (é contraprodutivo e impossível) 4 Possuir flexibilidade mental e comportamental para ajustar-se a situações críticas 5 Ser capaz de resistir ao stress e a situações de forte tensão ou risco 6 Evitar tornar-se defensivo em relação a si ou à sua cultura 7 Possuir e/ou desenvolver conhecimento de línguas estrangeiras 8 Disponibilidade e vontade de viajar e de conhecer novos ambientes 9 Capacidade para aceitar e lidar com críticas e possuir resiliência emocional 10 Estabilidade emocional e familiar 11 Capacidade de análise e explicação das diferenças culturais de forma neutra 12 Sensibilidade e capacidade de comunicação em diferentes contextos cuturais

Fonte RHM (continua)






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