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Terapia para colegas hostis

Gerir egos e feitios no local de trabalho nunca é uma tarefa fácil e, regra geral, também não é agradável. Todos temos aquele colega de trabalho com um feitio um pouco mais complicado e muitas vezes hostil, que prioriza a intriga, o boato ou a crítica no lugar de priorizar o exercício das suas funções. Pois bem, ao fim de décadas a teorizar sobre gestão e coesão de equipas, os especialistas na gestão de pessoas consideram que, também para lidar com colegas de trabalho difíceis é preciso uma boa dose de talento. Eis as regas de ouro para escapar às garras daquele colega perigoso!
14.07.2011 | Por Cátia Mateus


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Há os que falam demasiado, os que não falam por ai além, mas também não sabem ouvir. Há os que espalham boatos e criam intrigas, os que têm de ter sempre a última palavra sobre todos os temas, os que criticam tudo o que não seja trabalho de sua autoria, os que dão ‘graxa’ ao chefe à descoberta (e à encoberta também), os que acham que nada se faz na sua ausência, os que fazem tudo para ver o circo pegar fogo e, os mais perigosos, os que assumem como missão de carreira tirar todos os obstáculos que os separam do poder do seu caminho. Em época de conjunturas económicas adversas, onde o fantasma do despedimento anda à solta, dizem os especialistas que o ambiente empresarial tende a hostilizar-se, a competitividade entre colegas tende a aumentar e as pequenas “facadinhas nas costas” também. É aqui que os seus colegas se revelam e que você tem de estar preparado para lidar com a sua pior faceta. Quanto melhor você se conhecer, mais seguro e confiante for e souber passar uma imagem real de si e da sua competência, maior a probabilidade de escapar ileso às hostilidades dos colegas menos bem intencionados, e mais preparado estará para lidar de forma positiva com o seu “feitio difícil”. Esta é, para os gurus de recursos humanos, a regra-chave para triunfar num universo profissional hostil. Conheça os seus limites e pratique, até onde lhe for possível, a tolerância. A segunda regra de ouro, não menos importante, é identificar os colegas problemáticos. Sabendo quem são e percebendo a postura que assumem no quotidiano laboral, poderá antecipar eventuais problemas que possam criar e estar preparado para gerir positivamente a situação. Sorria sempre e seja simpático mesmo com os colegas mais hostis. A diferença de atitudes pode amenizar o ambiente e a cooperação profissional. E não esqueça que o respeito é fundamental. É importante que respeite todos os seus colegas por igual, mesmo aqueles com quem tem um relacionamento menos afável. Este respeito profissional será, eventualmente, retribuído Para ultrapassar situações de relacionamento profissional complexo é também importante fomentar a comunicação. Uma conversa honesta, séria e franca, nunca de cabeça quente, pode resolver inúmeros problemas. Procure distanciar-se da situação o suficiente para a analisá-la a frio e perceber se o problema que tem com o seu colega não passa também por si. Pode, por exemplo, procurar perceber se os outros colegas da equipa também têm problemas semelhantes com o elemento em causa. Descubra onde está o problema antes de tomar atitudes mais drásticas. Agir apenas com emoção, nestes casos, é um erro a evitar. Aconteça o que acontecer, mantenha sempre uma postura e uma abordagem profissional ao problema. Se mantiver o seu profissionalismo intacto dificilmente alguém poderá lesá-lo na sua carreira. Se não conseguir resolver a situação, lembre-se que muitas vezes o silêncio é de ouro e o melhor aliado. Assegure apenas o relação essencial para o seu trabalho.


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