Vítor Andrade
vandrade@mail.expresso.pt
ESTA semana soube-se que a Câmara Municipal do Porto
estaria a promover uma acção de formação para
taxistas da cidade, no sentido de os preparar um pouco melhor para a recepção
dos turistas atraídos pelos jogos do Euro-2004.
Mesmo sabendo-se que o curso só iria abranger pouco mais de 70
taxistas, num universo de cerca de 700, a iniciativa não deixa
de ter algum mérito.
O que é verdadeiramente ridículo é que nenhum dos
muitos organismos do Estado orientados para a formação não
tenha já em curso acções de valorização
profissional não apenas para taxistas, mas também para empregados
da restauração e hotelaria, comerciantes, funcionários
de museus e demais classes profissionais com as quais os adeptos do Euro-2004
vão ter de contactar. É que só o turismo é
responsável por mais de 11% do PIB.