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OIT alerta para agravamento do desemprego em 2012

OIT alerta para agravamento do desemprego em 2012

A desaceleração económica mundial pode agravar o desemprego já em 2012. O mundo totaliza atualmente 200 milhões de desempregados e para recuperar o número de postos de trabalho perdidos desde o início da crise, em 2008, a taxa de crescimento do emprego deveria situar-se em 1,3% ao ano até 21015. Uma percentagem que a Organização Internacional do Trabalho e a OIT já confirmaram que está longe de ser alcançada.
29.09.2011 | Por Cátia Mateus


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O setor do emprego deveria crescer 1,3% a cada ano até 2015, para conseguir recuperar os 21 milhões de empregos perdidos pela crise, mas as previsões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da OCDE estão longe de apontar para este cenário. De acordo com o relatório conjunto divulgado esta semana pelos dois organismos, a taxa de desemprego diminuiu de forma tímida nos países do G20 no ano passado, mas o decréscimo não chega para alcançar os objetivos definidos. No mundo existem atualmente 200 milhões de desempregados inscritos, menos cinco milhões do que em 2010 e menos 10 milhões do que o verificado no auge da crise, em 2009. Ainda assim, não chega. A continuar o atual comportamento do mercado, a OIT e a OCDE estimam que em 2012 faltem 40 milhões de empregos aos países do G20. Uma estimativa distante da definida para 2015, altura em que a manter-se o crescimento previsto de 1,3% no mercado de trabalho seria possível recuperar 20 milhões de empregos aniquilados pela já longa crise iniciada em 2008. Mas o relatório conjunto da OIT e da OCDE afirma que a taxa de crescimento do emprego se fica atualmente pelo 1%, uma fasquia que não permite recuperar os postos de trabalho perdidos nos últimos quatro anos, nem absorver o aumento da população em idade laboral que entretanto se sucedeu. Segundo o documento, o cenário torna-se ainda mais sombrio com a perspetiva de que o emprego crescerá apenas a 0,8% até ao final de 2012. O comunicado, elaborado a pedido da presidência dos G20, foi difundido em Genebra no âmbito da reunião dos ministros do Trabalho e do Emprego do grupo que reúne os países ricos e emergentes em torno das temáticas relacionadas com a promoção do pleno emprego, o trabalho de qualidade e o respeito pelos direitos laborais fundamentais. Face à comprovada desaceleração económica mundial que poderá gerar um forte crescimento do desemprego nestes países, já em 2012, Juan Somavía, diretor geral da OIT, alerta: “devemos atuar agora para reverter a desaceleração do crescimento do emprego e contrariar a perda de postos de trabalho”. O responsável acrescenta ainda em comunicado que “é indispensável dar prioridade ao trabalho decente e investir na economia real e para tal, é necessário que exista uma forte cooperação a nível mundial”. Somavía defende que a criação de emprego deve ser uma das principias prioridades macroeconómicas a nível global e diz que “é preciso captar investimentos destinados ao crescimento das empresas na economia real e criar emprego decente”. No seu comunicado, a OIT e a OCDE são unânimes em falar de “uma crise persistente do emprego que realça os problemas estruturais e se traduz num forte desemprego jovem e uma maior incidência do desemprego de longa duração”. Paralelamente, existe também uma crescente dualidade entre os trabalhadores com emprego estável e os que têm ocupações ou trabalhos temporários. Em Portugal, o número de desempregados está estimado em 675 mil indivíduos.


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