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Aprenda a vender-se!

Não confunda marketing pessoal com presunção. Saber vender a sua imagem enquanto profissional é, nos dias que correm, um dos melhores trunfos que pode ter para conseguir emprego.
30.09.2010 | Por Cátia Mateus


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O desemprego soma índices elevados e a competitividade entre os que se candidatam a um emprego está ao rubro. Marcar a diferença e alcançar aquela oportunidade que é disputada por centenas de candidatos passa pela competência e pela qualificação, mas certamente também passa pela capacidade que você tem de demonstrar tudo isso ao empregador. O marketing pessoal abre cada vez mais portas. Pode abrir a sua se souber utilizar esta arma a seu favor.

Brand yourself! é a expressão do momento. Se está à procura de emprego, memorize estas palavras. É que cada vez mais, sobreviver a uma entrevista de emprego ou até abrir caminho para que ela aconteça passa por delimitar uma boa estratégia de marketing pessoal, eficiente ao ponto de demonstrar ao empregador, no escasso tempo em que dura a entrevista, que você é a pessoa certa para acrescentar valor à empresa.

Para Yves Turquin, managing diretor da Transitar, empresa especialista em processos de transição de carreira, “elaborar uma estratégia de marketing pessoal eficiente pode trazer inúmeras vantagens visto que ao criar um plano de ataque, o candidato está a otimizar o processo de procura de emprego e a torná-lo mais dirigido”. Diz o especialista que “os candidatos de hoje devem olhar para a procura de emprego como uma campanha de marketing e criar um plano de marketing pessoal capaz de se vender como produto de luxo no seu mercado potencial, atingir o público-alvo pretendido e obter resultados”.

Para ser eficaz, este plano tem de cumprir regras. Apresentar as qualificações-chave do candidato, dar suporte ao objetivo profissional e estar refletido em todas as ferramentas de comunicação que utilizar na procura de emprego, são pontos obrigatórios. Mas há outros pontos que não devem descuidar.

Yves Turquin aconselha os candidatos a começar por fazer a sua própria análise SWOT (Streghts, Weaknesses, Opportunities and Threats). Ao conhecer as suas próprias forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, bem como as oportunidades e ameaças do mercado, o candidato consegue posicionar-se de forma muito mais competitiva na procura de emprego. Importa-lhe saber se a sua área de atividade é muito procurada pela empresa, se há muitos candidatos disponíveis, se é um setor em expansão. “Conhecer o setor é o primeiro passo para delinear planos que lhe permitam evidenciar as vantagens que tem a oferecer e atenuar as características que podem dificultar a sua colocação profissional, otimizar as oportunidades e definir estratégias para contornar as ameaças”, explica o responsável da Transitar.

Estabelecer objetivos, conhecer o público-alvo a quem se quer apresentar são tarefas igualmente importantes. Depois, neste processo de marketing pessoal, é fundamental criar uma mensagem coerente para passar aos empregadores, não esquecendo da necessária adequação desta ao mercado que vai abordar. Definir as táticas que vai utilizar é fundamental. “O candidato deve escolher as fontes que vai utilizar para selecionar potenciais empregadores, sejam anúncios classificados, networking, executive recruiters, candidaturas espontâneas. Nenhuma hipótese deve ser descartada desde que faça sentido para o setor que procura”, explica. Depois disso contacte os potenciais empregadores e esteja preparado para a entrevista. É lá que vai discutir as suas competências, interesses e experiências. É lá que vai exercer em pleno o seu marketing pessoal.

Regras de ouro do seu plano de marketing


. Apresentar uma mensagem abrangente ao mercado-alvo
. Ser consistente e coerente na mensagem
. Ligar o candidato ao mercado-alvo
. Atenuar falhas reais do candidato



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