O Instituto Politécnico do Porto (IPP) quer formar mais 1250 novos diplomados por ano, o equivalente a seis mil estudantes em quatro anos. A meta é avançada ao Expresso Emprego por Rosário Gamboa, a presidente do IPP, que diz ter definido para a instituição que lidera um conjunto de metas ambiciosas até 2014, seja ao nível da oferta formativa ou do número de alunos. Em quatro anos, o IPP investirá mais de oito milhões de euros na formação avançada de docentes e cerca de dois milhões em investigação. A instituição quer assim estimular o aumento da empregabilidade no país entre os jovens e a população ativa.
Dispõem atualmente de três mil vagas por ano e querem abrir mais. Engenharias, Tecnologias da Saúde, Artes e Gestão são os cursos mais procurados no IPP e aqueles onde, segundo Rosário Gamboa, a empregabilidade é mais elevada. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Segurança Social e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “dos 20.934 diplomados do IPP nos últimos 10 anos, só cerca de 7,7% estão registados nos Centros de Emprego”. Rosário Gamboa diz que “apesar de se tratarem de números absolutos e da atual conjuntura de desemprego, os dados testemunham a forte empregabilidade dos cursos do IPP que se deve sobretudo à natureza profissionalizante do ensino e à forte ligação que mantemos com o tecido empresarial da região envolvente”.
Uma relação que Rosário Gamboa diz ser alvo de uma atenção constante. “Tomámos como objetivo a revitalização e atualização permanentes do portefólio formativo e a sua estreita articulação com a investigação e o tecido empresarial e qualificação de recursos humanos”, esclarece a presidente do IPP, para quem a ligação ao mundo empresarial e a internacionalização, através da participação efetiva no espaço Europeu de Ensino Superior e Investigação, constituem uma linha central do desenvolvimento do IPP e das sua renovadas prioridades.
A instituição quer também alcançar novos públicos e prepara-se para alargar a sua oferta formativa aos Cursos de Especialização Tecnológica (CETs), nas áreas da engenharia, bem como de pós-graduações dirigidas a adultos ativos em áreas prioritárias de formação e requalificação. Cursos esses que vai promover em parceria com autarquias, empresas e outros atores sociais cruciais para a plena adequação ao desenvolvimentos dos recursos e das necessidades do país.