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86% das empresas preocupadas em reter talento

86% das empresas preocupadas em reter talento

Com a prudência a pautar as intenções de recrutamento das empresas, resta às organizações apostar todos os trunfos na retenção dos seus melhores talentos. Aqueles que fazem a diferença na atividade da empresa. A consultora de recrutamento Michael Page estudou as principais estratégias de retenção de talento praticadas em empresas de todo o mundo e concluiu que a conciliação entre trabalho e família está entre as mais valorizadas.
19.04.2013 | Por Cátia Mateus


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Com a situação económica nacional e europeia e aconselhar à prudência e à contenção nas contratações, sobretudo em Portugal, as atenções dos líderes de recursos humanos estão centradas na retenção de talento, como forma de eliminar possíveis quebras de competitividade. Mais do que detetar novos reforços, para 86% das empresas portuguesas a meta é manter a todo o custo o talento considerado vital para a organização. A conclusão é avançada por Álvaro Fernandéz, diretor geral do PageGroup em Portugal e tem por base o Barómetro Global de Recursos Humanos da Michael Page que analisa os sector dos recursos humanos em todo o mundo. Entre as principais “armas” utilizadas nesta batalha pela retenção de colaboradores estão sobretudo medidas que facilitam a conciliação entre o trabalho e a família. Um benefício que tem vindo a assumir uma importância crescente no universo laboral. Horas extra compensadas com tempo livre, programas de saúde e fitness e possibilidade de trabalhar a partir de casa são hoje benefícios que valem tanto como a componente salarial para um número crescente de colaboradores. A empresa de recrutamento Michael Page conduziu um estudo a nível mundial, onde apresenta o impacto que a economia mundial tem no recrutamento. As principais tendências do sector revelam que em Portugal apenas 58% das empresas planeiam recrutar este ano, contra uma percentagem mundial de 86% e 76% a nível europeu. As principais prioridades nacionais parecem assim estar centradas nas estratégias de retenção de quadros. Trata-se de cumprir os objetivos corporativos enquanto se incrementa o sentido de pertença dos colaboradores da empresa. “De acordo com os mais de quatro mil líderes de RH inquiridos, a gestão da cultura corporativa da empresa (incluindo as relações entre colaboradores e gestão da mudança) tem prioridade máxima em 2013”, explica Álvaro Fernandéz. Segundo o diretor geral do PageGroup Portugal “62% dos inquiridos em Portugal responderam que a principal prioridade de recursos humanos prende-se com a questão das compensações e benefícios, seguida pela relação com colaboradores e gestão da mudança, com 52% dos líderes a assinalar esta questão como uma das prioridades para 2013”. Segundo o estudo, a aquisição de novos talentos é apontada como “menos prioritária” (22%). Uma percentagem que preocupa Álvaro Fernandéz, para quem “a aquisição de talento continua a ser uma necessidade vital”. Para o especialista, “esta realidade prende-se sobretudo com a atual conjuntura económica do país e com a consequente falta de capacidade de crescimento das estruturas que gera com contexto onde a retenção de talento ganha uma importância acrescida”. Para assegurar a retenção dos melhores, oito em cada dez empresas a nível global oferecem neste momento opções de equilíbrio entre a vida pessoal e familiar. Em Portugal, 86% das empresas estão a planear medidas de retenção de colaboradores, onde a formação e desenvolvimento assume um papel primordial. A par com este benefício, a compensação de horas extraordinárias, juntamente com o tempo extra de descanso, é apontada como a forma adotada por uma boa parte das empresas para manter os seus talentos. 37% das empresas portuguesas já oferecem aos colabordaores programas de saúde e fitness e 26% já possibilitam o trabalho a partir de casa. Tão importante como reter talento é a capacidade das empresas em renová-lo. Mas apesar da elevada taxa de desemprego nacional, para metade das empresas a pesquisa de bons candidatos permanece “difícil” ou “muito difícil”. Para fazer face a esta dificuldade, a generalidade das organizações nacionais estão a adotar pesquisas multi-canal para selecionar os melhores talentos. Refere o estudo que 74% das empresas portuguesas utilizam sites de emprego e 61% recorrem a consultoras especializadas em recrutamento e seleção. Segundo o elatório, Rússia, China e México posicionam-se como mercados com fortes necessidades de contratação, a par de outros que mantêm dinâmica. Em Portugal o estudo inquiriu 236 líderes de recursos humanos de várias empresas. No total, 4348 gestores responderam às questões.


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