Ruben Eiras
OS MINISTROS das finanças dos Estados-membros da
União Europeia chegaram recentemente a acordo sobre uma política
europeia de pensões e reformas.
Foi publicada uma directiva que permite o desenvolvimento de um fundo
de pensões pan-europeu e aos trabalhadores transferirem as suas
reformas entre os vários Estados-membros da UE.
A Comissão Europeia defende que se irão alcançar
economias de escala substanciais se apenas uma única instituição
gerir os vários esquemas pensionistas de uma empresa que opere
em diversos Estados-membros. A directiva tem que ser agora transposta
27 meses após a publicação no jornal oficial da UE.
Uma poupança de 40 milhões de euros
Actualmente, os prestadores de reformas ocupacionais operam somente no
Estado-membro onde estão estabelecidos. Portanto, uma empresa multinacional
com presença em todas as 15 nações da UE tem que
requisitar serviços de 15 prestadores diferentes.
Para uma multinacional, isto pode custar até 40 milhões
de euros por ano. A necessidade de cortar custos no espaço da UE
nas pensões já está a ser debatido há mais
uma década. Um recente "paper" da Mercer HR Consulting
frisou esta posição. O estudo sublinha que poucas multinacionais
possuem políticas organizacionais centralizadas para os planos
de reforma e de benefícios sociais da sua força de trabalho.
A maioria das empresas inquiridas considerava este factor crítico
não só para baixar os custos de funcionamento, mas também
para a atracção e retenção de talento.
Isto porque desta forma poderiam oferecer pacotes de reforma e benefícios
sociais mais diversificados e personalizados, segundo o perfil de cada
empregado.