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Organizações mais humanas

Organizações mais humanas

A Xerox liderou na edição 2012 das Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal. A sua política de gestão centrada nas pessoas garantiu-lhe a liderança num mercado onde ser uma empresa humana é um trunfo.
17.02.2012


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Nunca tanto como agora as questões ligadas à gestão de pessoas e talentos assumiram tanta importância. Num cenário de adversidade nacional que tem feito vítimas entre os profissionais portugueses, a revista Exame numa parceria já habitual com a consultora Accenture, voltaram a demonstrar que há empresas que estão a contrariar a tendência e que para lá de qualquer adversidade não abrem mau de uma estratégia de gestão centrada nas pessoas, na sua felicidade e na retenção do seu talento. Empresas onde vale a pena trabalhar.

Estão eleitas as Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal. Na edição 2012 do ranking anual da revista Exame e da Accenture, a grande líder é a Xerox que entrou direta para o primeiro lugar do top 10 das empresas onde dá gosto trabalhar (ver ranking). Para cimentar esta posição contou certamente o facto de Pedro Quintela, o diretor-geral da Xerox Portugal, acreditar que “uma empresa é aquilo que partilha com os seus colaboradores”.

Café, chá e fruta disponíveis, ginásio, piscina, aulas de ioga, torneios internos de futebol, apoios à maternidade, à formação e à evolução na carreira são alguns dos benefícios que assistem a quem trabalha nesta empresa. Aqui, atribui-se um mês extra de licença de parentalidade a 100% a juntar aos cinco previstos na lei, um salário adicional pago ao ao pai ou à mãe, ou até a ambos se os dois trabalharem na Xerox, no mês do nascimento da criança e ainda a possibilidade de tirarem férias logo a seguir ao parto. E a empresa acompanha o crescimento das crianças. Os colaboradores recebem um subsídio de estudos de 630 euros por cada filho até aos 24 anos, ou de 1950 euros caso se trate de um portador de deficiência. Estas e muitas outras políticas centradas nos recursos humanos fazem da Xerox a melhor empresa para trabalhar em Portugal, mas não a única.

Humanas e com sucesso

Na Re/Max, a formação e a motivação dos quadros são as bases de uma rede sólida de colaboradores e na DELL, a aposta na qualificação, autonomia e mobilidade fazem toda a diferença nos resultados e na motivação dos colaboradores. A Ericsson, quarta classificada no ranking, orgulha-se em assumir que na empresa ninguém está só. O trabalho em equipa é o pilar cultural da empresa. E na Leadership Business Consulting os horários tardios são praticamente proibidos. Não é comum haver colaboradores na empresa para lá das 20 horas, ao contrário do que é hoje habitual em muitas organizações. Carlos Oliveira, managing partner da empresa orgulha-se de liderar uma organização onde “as questões pessoais têm prioridade sobre as profissionais”. Aqui, são os colaboradores que gerem o seu tempo e a empresa chega a sugerir idas ao cinema à sexta-feira à tarde. Tudo porque empresas humanas, geram melhores resultados. E a família também está no centro das atenções da quinta classificada, a CH Business Consulting. Na consultora, quem casa recebe 500 euros, os filhos têm direito a um mealheiro de 250 euros e as grávidas, a estacionamento reservado, entre inúmeros outros benefícios.

Há onze anos que a revista Exame realiza este estudo anual que hierarquiza as melhores empresas para trabalhar em território nacional. Integrar este ranking que distingue as organizações empenhadas em fazer os seus colaboradores felizes e potenciar o desenvolvimento do seu talento, implica passar um rigoroso processo de seleção. Podem candidatar-se todas as empresas, públicas ou privadas, que empreguem no mínimo dez colaboradores e operem em território nacional, independentemente do seu modelo de negócio. Na edição deste ano estiveram maioritariamente representadas as médias empresas (44%) e as pequenas empresas (32%), sobretudo do sector privado (95%). Os serviços dominaram a área de atividade (85%), logo seguidos pela indústria (15%). A organização apurou 14 atividades distintas, segundo a Classificação das Atividades Económicas (CAE), cabendo as maiores fatias às atividades de consultoria, ciência, comércio por grosso e retalho.

Segundo Ana Cristina Silva, partner da Accenture responsável pela área de Talent & Organization, “nesta edição do estudo, apesar da desafiante conjuntura do mercado atual, vimos crescer em 17% o número de empresas participantes, face ao ano anterior, bem como o envolvimento dos seus colaboradores”. Para a especialista, “num momento em que a realidade se altera de forma vertiginosa e em que as empresas são constantemente desafiadas a fazer mais e melhor, a estratégia de capital humano deverá ser parte intrínseca da estratégia de negócio, respondendo às questões que são determinantes para o desempenho da empresa”.

Na radiografia que faz dos resultados do estudo, Ana Cristina Silva revela que “no topo das questões com classificação positiva aparece o orgulho, o respeito e o compromisso sentidos pelos colaboradores, bem como os aspetos relacionados com a diversidade, inclusão e ética”. De acordo com a partner da Accenture, “é muito interessante perceber que num momento em que a sociedade, em geral, denota algumas lacunas ao nível dos valores, as pessoas valorizam mais a verdadeira essência das suas empresas. É nos intangíveis que, muitas vezes, se faz a guerra do capital humano”.

Entre os aspetos menos pontuados do estudo, estão a pouca justiça na remuneração e nas oportunidades de carreira geradas em território nacional. Dois aspetos que para Ana Cristina Silva, são claramente tangíveis na gestão do capital humano e que, são recorrentemente referidos como motivos de insatisfação laboral. A especialista acrescenta ainda que “a Accenture tem vindo a verificar em organizações de alto desempenho, uma aposta significativa e com sucesso, na gestão de talento e no desenvolvimento de práticas diferenciadoras e de valor, orientadas para os colaboradores mais críticos e decisivos para o negócio, ou até mesmo práticas que individualizam o tratamento de cada colaborador”. Uma nova abordagem - work force one - que ajuda as organizações a gerar, reter, motivar e multiplicar o seu talento,
obtendo um maior retorno do investimento feito no seu capital humano.

Segundo a organização “as 100 Melhores Empresas para Trabalhar são a demonstração de que há já muitas organizações que, diariamente, encaram o desafio da gestão de capital humano com sucesso e, por isso, merecem o reconhecimento do mercado”.

Top 10 das Melhores

1.º Xerox
2.º RE/Max
3.º DELL
4.º Ericsson
5.º Leadership Business Consulting
6.º CH Business Consulting
7.º Hilti Portugal
8.º Google Portugal
9.º Greenwich Consulting
10.º Philips

 



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