O problema da qualificação
A falta de trabalhadores qualificados continua a agravar-se
24.08.2007
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Cátia Mateus
Desde 2002 que o país não totalizava uma percentagem tão elevada e, simultaneamente, alarmante de trabalho não qualificado. Em Portugal existiam no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), 651,6 mil funcionários sem qualificações nas empresas portuguesas. Esta percentagem representa um crescimento de 8,5% face a igual período de 2006 e é o valor mais alto desde 2002.
A par com a taxa de desemprego elevada, Portugal tem para resolver o problema do défice de qualificações dos seus trabalhadores. Há cinco semestres consecutivos que o peso do trabalho não qualificado tem vindo a subir no panorama global do emprego nacional. Uma situação preocupante que se torna mais clara se pensarmos que 70% da população activa portuguesa tem apenas o ensino básico ou o terceiro ciclo concluído e 12% da população exerce trabalho não qualificado.
É no sector dos serviços que este «gap» de qualificações mais se faz sentir. E mesmo quando a prioridade do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) é a qualificação dos portugueses, um estudo prévio do Departamento de Prospectiva e Planeamento do Governo sobre o impacto dos fundos comunitários que o país receberá até 2013 na economia nacional, revela que “haverá a tendência para utilizar a formação como amortecedor de desemprego, sem que se realize uma efectiva melhoria das competências da população activa”.
Há, portanto, o risco das políticas de reconversão dos menos qualificados fracassarem e muitos portugueses perderem a oportunidade de se valorizarem profissionalmente e alargarem o seu leque de qualificações. Um fracasso que poderá continuar a condenar ao desemprego uma boa parcela da população nacional E enquanto o trabalho não qualificado dispara, as profissões de topo perdem relevância no mercado laboral.
Actualmente estes profissionais representam (à luz dos dados do INE) 15,5% do emprego total do país. Eram cerca de oito mil os quadros superiores e profissionais intelectuais a trabalhar em Portugal no segundo trimestre deste ano, menos 7% do que em igual período do ano anterior. Uma situação que se torna cada vez mais urgente inverter e que resulta, em linha directa, da contínua desadequação entre o ensino e a economia nacional, que continuam de costas voltadas.
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