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Portugueses ganham menos

24.08.2007


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Maribela Freitas
Os executivos portugueses recebem cerca de metade do salário dos norte-americanos, que são os mais bem remunerados nos 16 países analisados pelo mais recente relatório da Mercer HR Consulting. Abaixo de Portugal, só a China-Xangai, a Hungria e a Índia pagam pior.

O estudo da Mercer, que analisa as remunerações dos directores financeiros, de «marketing» e de recursos humanos (RH), revela que os executivos que trabalham nos Estados Unidos da América são os mais bem pagos dos países em análise, nos quais, além dos já citados, se incluem o Reino Unido, Canadá, Alemanha, Hong Kong, Brasil, Itália, França, Austrália, Singapura, Espanha e Polónia.

Um director financeiro ou de «marketing» nos EUA ganha cinco vezes mais do que um que trabalhe na Índia e os directores de RH recebem quatro vezes mais. Observando cada função, verificamos que, em média, os directores financeiros dos EUA têm os rendimentos mais altos, com um salário base anual de 195.700 e 248.535 euros de «annual total cash» (total da remuneração fixa anual, mais qualquer dinheiro garantido, mais a remuneração variável a curto prazo). Logo a seguir, surge o Reino Unido e o Canadá.

Os mais mal pagos nesta função são os indianos. Já em Portugal, um director financeiro é remunerado em média com um salário base anual de 98.000 e 123.662 euros de «annual total cash». Contudo, a remuneração paga aos executivos financeiros nacionais registou uma subida em relação a 2006, que era de 81.227 euros de salário base e 99.246 euros de «annual total cash».

Quanto aos directores de «marketing» nacionais, o salário base anual é de 68.500 euros – menos 2% do que no ano passado – enquanto os directores de recursos humanos ganham 74.300 euros. Nos EUA auferem respectivamente 161.300 e 149.500 euros. Paulo Machado, «partner» da Mercer HR, refere que “a evolução da compensação de executivos resulta de factores como o histórico das remunerações, a dimensão da economia e a competição pelos recursos humanos mais talentosos”.

A análise aos 16 países foi desenvolvida no âmbito do questionário intitulado ‘Global Pay Summary 2007', da Mercer, ao qual responderam mais de 2300 organizações. De acordo com Paulo Machado, “esta análise permite que empresas multinacionais tomem melhores decisões na procura de novos colaboradores e novas localizações para as suas operações”.





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