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Gota de água abre portas para a Sonae

Mais de trezentas propostas foram recebidas pela Sonae para o concurso de novos «designers» promovido pelo Continente.
24.08.2007


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Marisa Antunes
Criar o efeito de uma gota de água a cair num rio de águas cálidas numa peça de cerâmica foi o desafio ganho por André Portugal e a sua porta de entrada num estágio como «designer» na maior empresa de distribuição do país, a Sonae. Na 2ª edição do concurso ‘Novos Designers', promovido pela Continente, choveram propostas de estudantes finalistas e recém-licenciados dos cursos de Design, Arquitectura e artes. Mais precisamente 300 participações, em peças de têxtil lar, cerâmica, papelaria ou roupa de desporto.

‘Rio' era o tema que dava o mote à criatividade de quem queria conquistar a oportunidade de se lançar no mercado de trabalho em grande, uma vez que as peças vão ser produzidas em grande escala e distribuídas nos pontos de venda do Modelo e do Continente. Partindo do formato tridimensional, André Portugal imaginou e conseguiu materializar os círculos criados pela queda de uma gota.

“A peça principal que apresentei no concurso e que foi seleccionada é a chávena de café, em que a chávena propriamente dita é a gota e a ondulação está representada no pires”, explica o jovem licenciado do IADE (Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing), satisfeito com este “reconhecimento” que lhe vai conferir não só um estágio remunerado de três meses na Sonae como ainda a oportunidade de frequentar um «workshop» de formação intensiva no Central St. Martins College of Art and Design, em Londres.

Para os responsáveis da Modelo Continente Hipermercados SA, este tipo de concursos acaba por ser uma mais-valia para quem está a dar os primeiros passos no mercado de trabalho. Mas não só. “Somos uma empresa portuguesa e queremos dar oportunidade aos profissionais nacionais para desenvolverem produtos portugueses”, sublinha o director comercial da empresa, João Seara.

Liliana Montes, directora de desenvolvimento de Marcas, reforça: “Recebemos propostas de todo o país, noventa por cento das quais de finalistas ou recém-licenciados e escolas de «design». Após seleccionarmos o vencedor, trabalhamos com ele o conceito, de forma a garantir a viabilidade industrial e a massificação das peças”.

Para o vencedor, a perspectiva ao nível de ganho de experiência profissional é significativa, uma vez que terá contacto com os fornecedores dos materiais e acompanhará a adesão dos clientes, que, como refere Liliana Montes, estão cada vez mais direccionados para peças menos tradicionais e mais criativas, constituindo um desafio para os novos «designers».





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