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Negócio com inovação

A opção pela área das novas tecnologias foi natural porque os sócios já estavam familiarizados
29.04.2005


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Maribela Freitas

A ZITRON foi criada em 2000 por três jovens que tinham como ambição singrar no mundo empresarial. Estes amigos juntaram esforços, desenvolveram o seu projecto e foram bem sucedidos. Recentemente, a empresa que criaram - e que trabalha na área da realidade virtual, audiovisuais e multimédia - recebeu um prémio de inovação tecnológica e estes empreendedores prepararam-se agora para avançar com a internacionalização do seu negócio. José Ferreira, Tiago Marques e César Sánchez, de 27, 28 e 29 anos, respectivamente, são os criadores da Zitron, com sede em Vila Nova de Famalicão. Para concretizar o seu negócio começaram por «um período de análise ao potencial mercado alvo, elaborando um plano de marketing e financeiro para minimizar o risco, o que durou seis meses. Este período serviu também para estabelecer parcerias com fornecedores, centros de investigação, programas estatais de apoio ao investimento e adquirir contactos que nos pudessem ajudar no arranque do negócio», explica César Sánchez. Avançaram com o projecto, para o qual contaram com o apoio da Oficina da Inovação - o Business Innovation Centre do Minho - no desenvolvimento da ideia de negócio.

Tiveram ainda apoio financeiro por parte do Estado mas houve necessidade de recorrer à banca. Neste momento o investimento inicial já foi recuperado. «Os lucros obtidos têm sido reinvestidos na empresa, acompanhando sempre a inovação tecnológica e melhorando a qualidade dos serviços prestados», contam os empreendedores.

Apoios difíceis


Quanto à área de negócio, optaram pelas novas tecnologias pois alguns dos sócios estavam já familiarizados com este sector. Mas nem tudo foi fácil para estes jovens. Confessam que foi difícil conseguir apoio monetário e tiveram de lutar para mostrar a sua mais-valia no mercado e conquistar trabalho. Actualmente têm como clientes gabinetes de arquitectura, empresas de construção civil, imobiliárias e autarquias, para os quais prestam serviços na área da arquitectura virtual, design gráfico, audiovisuais e multimédia.

«A Zitron, apesar de ser uma empresa recente, tem mostrado vontade de crescer e de se superar continuamente. Primando por uma evolução contínua, tem vindo a aumentar a sua oferta de serviços», refere Tiago Marques. A empresa está numa fase de consolidação do negócio e os seus sócios querem expandir-se para novos mercados. «Estamos empenhados numa estratégia de internacionalização da empresa para Espanha», salienta César Sánchez.

Recentemente, a Zitron recebeu um prémio de inovação tecnológica, atribuído na primeira edição dos prémios transfronteiriços para a Excelência Empresarial - promovido por entidades empresariais e de ensino de Portugal e Espanha -, que têm como objectivo promover as PME's da região transfronteiriça Norte de Portugal/Galiza com elevado nível de excelência e competitividade. A Zitron ganhou pela percentagem de meios técnicos, financeiros e humanos que destina à investigação científica, desenvolvimento e inovação. Para José Ferreira, «com este galardão estão criadas as pontes para que a Zitron cresça no país vizinho. Constituiu igualmente um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver».

Estes jovens concretizaram o seu sonho, criaram novos postos de trabalho - os seus, mais dois e contam ainda com colaboradores externos - e sentem-se realizados profissionalmente. A quem quer criar o seu próprio negócio aconselham acreditar no valor das boas ideias, ter boa vontade, paciência e persistência para alcançar os seus objectivos.





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