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Não temos licenciados a mais

06.03.2003


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Vítor S. Andrade
vandrade@mail.expresso.pt

CUSTA admiti-lo, mas algo esteve mal nas políticas de ensino superior que foram seguidas nos últimos cinco anos. Se assim não fosse, não estariam agora mais de 25 mil licenciados a braços com a ingrata situação do desemprego.

Formaram-se demasiadas pessoas em áreas do conhecimentos para as quais se sabia de antemão que não haveria saídas profissionais. As universidades sabiam-no e as elites governativas também, e mesmo assim pactuaram com a situação. Todos são culpados. Certamente que o país não tem licenciados a mais, tem é visão estratégica a menos quanto à sua vocação. E se o país pede mais técnicos que profissionais das humanidades, há que afinar agulhas e agir com bom senso e ponderação. Se continuarmos como até agora, um dia destes teremos sociólogos ou psicólogos a trabalhar na construção civil. Não envergonharia ninguém, mas daria muito que pensar.


 





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