Maribela Freitas
A UNIVERSIDADE do Minho (UM) criou recentemente um Conselho Estratégico
(CE). Esta estrutura tem como objectivo assistir a reitoria da UM na avaliação
e promoção de oportunidades de intervenção
no meio em que se insere, e que contribuam para o desenvolvimento desta
região.
António Guimarães Rodrigues, reitor da UM, quer que «a
acção da universidade vá mais além da missão
de ensinar». Para tal, a reitoria estabeleceu cinco linhas
de actuação: contribuir para a constituição
da região do conhecimento no Minho; criar uma universidade sem
muros que inquiete os agentes socioeconómicos; apostar cada vez
mais na qualidade da instituição; diversificar as fontes
de financiamento e racionalizar a utilização de recursos.
Estas estratégias foram sujeitas à apreciação
do CE, constituído por personalidades que vão do meio
empresarial à investigação, passando pela área
da cultura, que apoiaram as medidas futuras.«O CE é
um órgão informal de consulta que nos auxilia a avançar
com estes parâmetros e a criar sinergias e parcerias estratégicas
que garantam a sustentabilidade das acções que queremos
implementar, tendo em consideração a área onde
estamos inseridos», frisa António Guimarães
Rodrigues. O responsável recorda que esta região tem um
tecido empresarial frágil e a taxa de desemprego é elevada.
Para António Marques, presidente da Associação
Industrial do Minho e membro do CE, «com a criação
deste órgão, a UM demonstra uma preocupação
de olhar para fora e de contribuir para que a actividade económica
seja mais dinâmica. Ao criar linhas estratégicas para si,
a universidade está a olhar para as suas oportunidades, a fazer
o seu mercado e a contribuir para o desenvolvimento da região».
Para lá disso, com estas acções a UM poderá
vir a criar no futuro novas oportunidades de trabalho para os seus alunos.
Neste momento, e de acordo com dados compilados pela Associação
de Antigos Estudantes da UM, referentes aos estudantes empregados no
primeiro ano após o fim da licenciatura no período de
2001 a 2004, a área de informática teve uma empregabilidade
de 99%. Em segundo lugar surge direito com 98%, engenharia com 95% e
ciências com 93%.