Em cenário de adversidade, a proatividade e o empreendedorismo dos colaboradores fazem milagres pelo sucesso das organizações. Mas nem todos os empresários sabem conduzir os seus quadros neste sentido e tirar o melhor partido da sua motivação e capacidade de empreender. Para a Transitar, empresa especializada em processos de outplacement e gestão de carreira, o investimento das empresas na dinamização do empreendedorismo interno é uma aposta ganha. “Quando os empreendedores procuram agir de forma empreendedora, eles tentam pensar e agir como empresários e isso, normalmente, traduz-se em boas decisões e bons resultados”. E este é o segredo do sucesso.
Mas como alcançar este estado de desenvolvimento dentro das empresas, sobretudo em cenários de adversidade? A estratégia parece simples. Segundo a Transitar, mais do que fomentar um espírito empreendedor entre os colaboradores, importa estimulá-los a agir de forma empreendedora, com uma postura semelhante à dos investidores de risco. “A combinação destas características tão distintas é fundamental pois os investidores de risco estão preparados para encontrar no mercado as melhores ideias, os projetos mais suscetíveis de serem bem sucedidos e os empresários devem ser capazes de fazer esta triagem”, explica.
Outro ponto forte desta estratégia relaciona-se com a disponibilidade dos empresários para avaliarem os projetos emergentes na empresa e após alcançarem um conjunto sólido de ideias passíveis de serem implementadas e de transformarem o negócio, serem capazes de separar o trigo do joio e selecionarem apenas aquelas que podem ter um impacto positivo real no negócio. “A partir daqui, é fundamental agir como um empreendedor e centrar todos os esforços na implementação destas ideias”, reforça a Transitar. E é aqui que é fundamental uma seleção das pessoas tão rigorosa quanto a seleção das ideias. Um grande empreendedor prefere sempre trabalhar os melhores e, por acreditar que a sua missão deverá ser suficientemente inspiradora para atrair os mais bem preparados, regra geral não está disposto a perder tempo com equipas secundárias.
Um gestor que procure verdadeiramente estimular a inovação deve conseguir retirar o melhor destas duas perspetivas e aplicar isso ao seu contexto de negócio. E deve também, em igual escala, ter a consciência de que “o empreendedorismo sem direção e sem um objetivo concreto acaba por se desperdiçar e não produzir qualquer resultado”, frisa a Transitar. Fomentar uma mentalidade empreendedora dentro das organizações é um desafio complexo para as empresas e para os gestores, mas há formas de vencer esta batalha e estimular entre os quadros da empresa o gosto pelo risco e pela capacidade de concretização.
A primeira regra é “não hesitar em colocar uma fasquia muito elevada para as ideias apresentadas, mesmo que isso implique que a maioria seja logo eliminada”. Para muitos empresários pode ser perigoso estimular novas ideias e projetos alternativos sem tentar perceber à partida qual é a sua génese, mas os especialistas não têm dúvidas “fomentar o empreendedorismo dentro das organizações implica a capacidade dos gestores rejeitarem a ideia mesmo que ela tenha sido desenvolvida por um executivo sénior ou pelo mais importante dos clientes”.
Saber aproveitar os recursos existentes, a sua experiência e relacionamentos para gerar valor é outra das formas de alcançar uma postura empreendedora. “Optar por situações em que a equipa, ou a empresa, tem uma vantagem competitiva perante a concorrência é a regra base”, enfatiza a equipa da Transitar. Depois, é fundamental atrair os melhores talentos e avançar sem medos. “Falhar é sempre melhor do que ficar parado”, incentiva a Transitar.