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Desemprego sobe entre os profissionais mais qualificados

Os desempregados com habilitações ao nível do ensino secundário subiram 3,9% enquanto os licenciados sem emprego são hoje mais 2,9%.
21.04.2011 | Por Maribela Freitas


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As estatísticas divulgadas recentemente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que em março diminuiu o número de desempregados inscritos. Contudo a taxa de desemprego cresceu entre a população que tem mais qualificações e em quem está há mais tempo sem trabalho.

Segundo o IEFP o desemprego registado em março deste ano diminuiu 3,5% em relação a igual período do ano passado. A evolução mensal também manteve a mesma tendência de descida, com uma quebra de 0,7% face a fevereiro. Em declarações à Agência Lusa, o secretário-geral da UGT, João Proença referiu que esta diminuição no número de inscritos nos centros de emprego significa apenas que há menos pessoas a procurar este apoio, uma vez que o desemprego está a aumentar.

A diminuição do desemprego em termos homólogos desceu 4,3% nos homens, 2,7% nas mulheres, 9,7% nos jovens, 2,6% nos adultos, 1,2% em que procurava primeiro emprego e 3,7% em quem buscava um novo emprego. Em relação às habilitações académicas, o desemprego diminuiu nas pessoas sem qualquer nível de instrução e nos que possuíam o primeiro, segundo ou terceiro ciclos do ensino básico. Com mais desemprego do que em março de 2010, contavam-se os inscritos há um ano ou mais com uma subida de 13,1%. Os desempregados mais qualificados também subiram, nomeadamente os que tinham habilitações de nível secundário, com um acréscimo de 3,9% e os com curso superior, atingindo um aumento de 2,9%.

Olhando para as regiões do país, o Alentejo foi onde a diminuição do desemprego em relação a período homólogo mais se fez sentir com o total de 6,7%. Contudo foi precisamente esta a única região do continente que registou um crescimento no número de inscritos na variação mensal (março face a fevereiro de 2011). Já nas regiões autónomas o desemprego subiu face a 2010 em 16,8% nos Açores e 14,4% na Madeira.

Mas a falta de trabalho não alcança de igual maneira todas as profissões. Comparativamente a março de 2010 o desemprego desceu no mês em análise nos operadores de máquinas e trabalhadores da montagem, outros operários, artífices e trabalhadores similares, trabalhadores da metalurgia, metalomecânica e similares, mecânicos de precisão, oleiros, vidreiros e artes gráficas. Em contrapartida subiu entre os docentes do ensino secundário, superior e profissões similares e nos profissionais de nível intermédio do ensino.

Contam ainda as estatísticas do IEFP que ao longo do mês de março de 2011 inscreveram-se nos centros de emprego do continente e regiões autónomas, 54 588 trabalhadores desempregados. Um número inferior em 15,2% a mês homólogo e superior em 8,4% ao verificado no mês anterior. O principal motivo de inscrição por desemprego ao longo de março de 2011 foi, com o total de 37,3% das respostas, “fim de trabalho não permanente”. A segunda posição, com 17,4% foi “despedido”.

No que respeita à oferta de emprego, no final do mês em análise registavam-se 12635 ofertas, ou seja, menos 34,5% do que em período homólogo. O número de colocações efetuadas ao longo do mês de março através dos centros de emprego de todo o país foi de 5460. Um valor inferior em 3% ao registado em 2010, mas 9,6% superior em relação a fevereiro deste ano.

 



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