C hama-se Beta-i e tem como missão ajudar a aplicação de ideias de negócio em território nacional, assumindo-se como intermediária entre os criadores e os investidores. A criação desta associação surgiu da experiência de Ricardo Marvão, co-fundador do projeto, e de um conjunto de outros que como ele investiram numa formação internacional mas nunca perderam a consciência de que “as boas ideias podem vingar em Portugal”. É à luz desta teoria que o jovem empreendedor e orador da Portuguese-American Post Graduate Society (PAPS), quer incentivar os jovens investigadores portugueses, espalhados pelo mundo fora, a regressarem ao seu país para investir cá o seu conhecimento.
Depois de um ano nos Estados Unidos, Ricardo Marvão regressou aquele país na passada semana para participar num colóquio no Fórum da PAPS - cujo enfoque está no desenvolvimento do empreendedorismo em Portugal e o impacto a diáspora na economia - onde procurou mostrar aos seus congéneres as oportunidades que existem tem território nacional. O jovem de 33 anos, que é fundador e CEO da Evolve Space Solutions, apresentou em território americano o projeto Beta-i cuja missão, explica, “é ajudar as empresas strar-up a ganhar financiamento para dar seguimento às sunas iniciativas”.
Segundo Ricardo Marvão, “num anterior fórum em que participei, o público sublinhou diversas dificuldades na implementação de novas ideias de negócio em Portugal. Alguns diziam que não há incentivos, outros há quem roube as ideias”. Mas a realidade, para o jovem especialista é que, contra as adversidades, “os pós-graduados portugueses nos EUA são um grande potencial para o desenvolvimento de novos projetos”.
Ricardo reconhece que são muitos os investigadores e empreendedores lusos com receio de regressar ao país por falta de apoios e de trabalho. “A missão da Beta-i, enquanto associação sem fins lucrativos, é ajudar a ultrapassar essas dificuldades”. A equipa da Beta-i, Associação para a Promoção da Inovação e Empreendedorismo integra 28 elementos das mais diversas áreas, todos unidos em torno do desígnio de devolver ao país o seu talento.
Ricardo também foi estudante lá fora. Esteve um ano em Boston e participou no programa MIT Portugal. Rumou aos EUA para procurar parcerias que amplificassem os seus projetos. O primeiro contacto com a associação PAPS decorreu num fórum da organização na Carnegie Mellon, em Pittsburgh. “Fiz diversos contactos durante esse fórum e interessei-me pela iniciativa e mais tarde acabei por ser convidado para participar como orador”, relembra Ricardo Marvão que alcançou em 2010 o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa. Para o empreendedor, “as ideias e inspirações podem ser obtidas olhando para o que se passa noutros países”, mas nada impede que tenham sucesso a partir de Portugal.