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Emprego certo ainda antes do final do curso

Emprego certo ainda antes do final do curso

No ISCTE cerca de 85% dos alunos conseguem emprego antes mesmo do fim da licenciatura. Para alcançar esta meta, o instituto promove várias iniciativas como o Career Fórum que arranca já na próxima semana.
28.01.2011 | Por Cátia Mateus


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A adversidade que caracteriza a conjuntura económica nacional não atinge todos os recém-licenciados. 85% dos finalistas do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) encontram o primeiro emprego ainda antes de concluírem a sua licenciatura. A instituição de ensino que integra a ISCTE Business School (IBS) regista uma taxa de empregabilidade próxima dos 100% entre os seus alunos. Uma percentagem que decorre também da aproximação constante que a instituição faz ao mercado de trabalho. Um exemplo deste esforço é a edição 2011 do ISCTE Career Fórum, que decorre a 3 e 4 de fevereiro e que se assume como a plataforma privilegiada para fomentar a relação entre os alunos da IBS e as empresas recrutadoras.

São mais de 60 as empresas que vão marcar presença na edição deste ano do Career Fórum , que durante dois dias vai estar nos pisos 1 e 2 do Edifício II do ISCTE. Todas elas têm como missão o recrutamento de alunos da instituição e além dos stands que terão no local, vão promover sessões de apresentação e workshops junto dos alunos. Esta estratégia de aproximação dos estudantes à empresa é, há muito, seguida pela IBS com uma elevada taxa de sucesso. Clementina Barroso, diretora geral da ISCTE Business School, não tem dúvidas que “este tipo de encontros facilitam muito o contacto entre alunos e empresas e têm sempre no caso da IBS uma grande adesão de ambas as partes”. A responsável explica que “uma elevada percentagem da colocação dos nossos alunos tem início aqui. Há muitos jovens que entregam logo os currículos às empresas presentes, todas elas destacadas organizações do panorama nacional, e em março ou abril já estão a ser chamados para processos de seleção e entrevistas”.

Para as empresas a relação também tem vantagens. “Interessa às organizações participarem nestas iniciativas, porque conseguem ter contacto com o que as universidades têm para oferecer ao mercado nesse ano e, recrutando cedo têm oportunidade de recrutar os melhores entre os melhores”, argumenta Clementina Barroso. Accenture, AISEC, Banco Popular, Barclays Bank, BDO, Caixa Geral de Depósitos, CapGemini, Cisco Systems, Companhia de Seguros Tranquilidade, Construlink, CTT, Deloitte, EDP, Everis, Galp Energia, Grupo Ren, KPMG, Nestlé, Pepsico/ Matutano, Sonae, Sonaecom, Roland Berger, PWC, NBS e Vodafone Portugal, são algumas das seis dezenas de empresas que estão presentes neste fórum.

O objetivo deste fórum é também que os alunos conheçam mais detalhadamente o processo de recrutamento de cada empresa, das suas atividades, áreas de negócio, organização e cultura. Para isso, além da informação disponível nos stands são importantes as apresentações que as empresas fazem aos alunos. “Cada empresa têm 30 minutos para se apresentar à plateia de estudantes e regra geral essa apresentação é feita por um partner da empresa e por um ex-aluno do ISCTE. A ideia é que os jovens sintam um elo de ligação e motivação com a instituição e percebam que é possível evoluir dentro das organizações”, esclarece a diretora da IBS. Para Clementina Barroso, estes eventos permitem aos alunos um contacto mais real com o mercado de trabalho e com aqueles que poderão vir a ser seus colegas de trabalho. “Esta é uma ponte cada vez mais necessária entre as universidades e as empresas, muito embora as organizações tenham já bem claro em que instituições querem recrutar seja pelos padrões de qualidade de ensino, seja pela competências comprovadas dos alunos no mercado”, enfatiza a responsável.

Entre os visitantes deste fórum estarão aos alunos finalistas da instituição e também os que frequentam cursos de mestrado. Clementina Barroso diz que a IBS não tem noção do número de vagas disponíveis no evento, mas adianta: “as nossas grandes recrutadoras são banca, auditores e empresas de grande distribuição que, regra geral, recrutam ao fim dos três anos da licenciatura. As empresas de consultoria estratégica, depois do Processo de Bolonha, optam por recrutar apenas após a conclusão do mestrado de continuidade, não porque considerem que os alunos têm conhecimentos insuficientes ao fim de três anos, mas porque preferem perfis com mais maturidade”.

Mas a integração dos alunos desta instituição não se faz apenas com base na organização anual do Career Fórum. Existem duas estruturas no ISCTE que asseguram em permanência a ligação entre os estudantes e o mercado de trabalho: o Gabinete de Mobilidade de Inserção na Vida Ativa (GMIVA) e o Career Service (CRESP) que atua especificamente na área da Gestão, uma das áreas vitais da instituição. Ambas as estruturas trabalham diariamente em ligação com um vasto leque de instituições nacionais e estrangeiras, “até porque os nossos alunos têm cada vez mais ambições de internacionalização”, esclarece a diretora. Recentemente, o ISCTE lançou ainda uma plataforma online que congrega todos os seus alunos e ex-alunos e que para Clementina Barroso será mais uma ferramenta ao serviço da empregabilidade.

No ano passado, o nível de empregabilidade do ISCTE foi de 97% para os alunos formados pela instituição na área das Ciências Tecnológicas e 87% para os alunos das Ciências Sociais, segundo os dados do Gabinete de Estudos, Avaliação, Planeamento e Qualidade do ISCTE-IUL. Cerca de 85% destes alunos tinham emprego assegurado antes mesmo do fim da licenciatura, 8% esperava entre um a três meses por um lugar no mercado e 7% nem chegavam a esperar um mês. Deloitte, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo e KPMG lideraram o top dos recrutadores da instituição. Consultoria e auditoria são as áreas que mais oportunidades geral em Portugal e no estrangeiro e Clementina Barroso acrescenta “as empresas nacionais com presença no mercado Angolano estão a gerar uma grande procura por alunos angolanos que tem vindo a concluir a sua licenciatura com emprego e uma carreira internacional assegurada”.


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