Fernanda Pedro
PERANTE a constante mutação da sociedade e do mundo laboral, pede-se aos trabalhadores que sejam flexíveis. Yves Turquin, director-geral da Lee Hecht Harrison em Portugal, empresa de serviços globais de carreira, revela que, neste contexto,
«possuir a elasticidade necessária para se adaptar às diferentes realidades e ter a capacidade de saber trabalhar no meio da ambiguidade, nunca foi tão importante como agora».
De acordo com este especialista, ninguém espera que os colaboradores mudem imediatamente após uma catástrofe, «mas eles estão agora mais alerta para a importância de ter as ferramentas para permanecer activos face ao stresse, catástrofes naturais ou incertezas». Yves Turquin, observa ainda que os trabalhadores, perante assuntos globais, como as ameaças terroristas e o aumento da taxa de desemprego, ou assuntos mais pessoais, sentem a mesma necessidade de se ajustar a rupturas, «recuperar do stresse e manter elevados níveis de produtividade».
Perante esta situação, o especialista apresenta algumas soluções para os profissionais que não possuam uma capacidade natural para enfrentar, da melhor forma, tempos de crise. Assim, propõe que aprendam com aqueles que são naturalmente flexíveis e anotem algumas das suas características pessoais e comportamentais.
Depois sugere que aprendam com a sua própria experiência. «No meio da crise, pode esquecer-se de experiências anteriores nas quais agiu de forma flexível. Disponha de um minuto para recordar uma situação específica em que soube agir de forma correcta», sugere.
Conhecer o território em que se move é outro dos conselhos do director da Lee Hecht Harrison: «Deve procurar compreender as forças que moldam as mudanças e de que forma o afectam». Por fim, Yves Turquin aconselha os trabalhadores a sustentarem relações pessoais e profissionais positivas bem como manterem uma atitude optimista, receptiva e flexível, «assim como um elevado sentido de humor».