A empresa de raiz familiar Bene farmacêutica, filial da multinacional alemã bene-Arzneimittel, vai alargar a sua atividade a Portugal e para tal está apostar no recrutamento. Depois dos cerca de 40 colaboradores que assegurarão o arranque da empresa em território nacional, a Bene prevê continuar a recrutar em 2011, ainda que moderadamente e sempre em função das exigências do mercado e da sua estratégia de expansão.
A terapêutica da Dor estará na base da atuação da farmacêutica em território nacional. Sob o lema “A vida é mais vida sem dor”, a Bene tem como objetivo cobrir todas as necessidades terapêuticas específicas no tratamento da Dor, colocando no mercado português, em dois anos, entre seis a oito novos fármacos. Atualmente, a empresa tem quatro produtos no seu portfolio, entre os quais o analgésico líder em Portugal.
Para entrar em território luso, esta empresa de raiz familiar reuniu uma equipa de 37 profissionais, com forte enfoque nas equipas comerciais. Setor para o qual deverá continuar a recrutar no próximo ano. Ao todo são 21 delegados de informação médica com a missão de conquistar todo o mercado no continente e ilhas, nas especialidades de Clínica Geral, Pediatria, Ortopedia, Reumatologia e Estomatologia. Paralelamente, a estes profissionais caberá também a tarefa de realizar visitas a farmácias comunitárias, enfermeiros e unidades da dor dos diversos hospitais nacionais.
No próximo ano, a Bene quer atingir um volume de negócios de 15 milhões de euros em território nacional e introduzir dois novos produtos no mercado. A previsão da empresa é vender mais de 11 milhões de unidades e colocar-se entre as três primeiras empresas em Portugal, em matéria de volume de unidades vendidas. Para tal, perspetiva continuar a investir no recrutamento de, no mínimo, mais dez novos colaboradores.
Segundo Frank Tischler, diretor-geral da Bene Farmacêutica, “nos últimos anos, a Industria Farmacêutica tem sofrido, a nível global, profundas transformações e isso reflete-se a nível local: grandes fusões e aquisições, maior penetração dos medicamentos genéricos e alterações no formato tradicional da visita médica”. Diz o especialista que “tudo isto originou um crescimento do desemprego entre os profissionais do setor, principalmente ao nível dos Delegados de Informação Médica”. A meta da Bene é “absorver uma parcela dessas pessoas e, dessa forma, contribuir para melhorar o flagelo do desemprego e promover a economia nacional”, explica Frank Tischer. A farmacêutica nasceu em 1949, na Alemanha, como empresa familiar estando hoje presente em mais de 35 países, através de empresas licenciadas.