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Passaporte para a empregabilidade

Passaporte para a empregabilidade

O Passaporte RH quer abrir caminho para a empregabilidade aos jovens recém-licenciados na área das Ciências Sociais, através de um programa de estágio e mentorship.
28.10.2010 | Por Cátia Mateus


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Chama-se Passaporte RH e o objetivo é posicionar-se no mercado como uma porta de entrada para o emprego para os recém-licenciados numa das áreas onde o desemprego faz mais vítimas: a das Ciências Sociais. A iniciativa é da Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos (APG) e integra um conjunto de iniciativas que Margarida Barreto, atual presidente da APG, definiu como prioritárias ao assumir a presidência da associação. O Passaporte RH arranca agora com a sua primeira edição.

Com a taxa de desemprego a bater os todos os records históricos do país, sobretudo entre os jovens licenciados, a APG coloca em marcha o Passaporte RH, um programa de estágio e mentorship já apadrinhado por diversas empresas de relevo no tecido empresarial luso. Na essência, trata-se de um projeto de integração profissional direcionado a licenciados na área das ciências sociais – em cursos onde o desemprego é elevado como a psicologia, a sociologia e a própria gestão de recursos humanos, entre outros – que contempla um estágio de quatro meses e um período de mentorship com duração de cinco meses e supervisão de diretores de recursos humanos de reconhecida notoriedade no mercado de trabalho.

Margarida Barreto explica que “o projeto Passaporte RH nasceu em Abril de 2010, quando a atual direção da APG tomou posse e a meta é que se transforme num projeto anual”. Segundo a presidente da APG, “o objetivo é apoiar as pessoas que têm a ambição e o talento para virem a ser os futuros profissionais na gestão de pessoas e que, embora não seja uma regra, vêm maioritariamente das Ciências Sociais. O que não invalida que a iniciativa possa alargar-se, em edições futuras, as outras áreas de formação”.

Para se candidatarem os jovens profissionais tiveram de formalizar o seu interesse enviando o currículo, com um artigo de opinião sobre recursos humanos até mil palavras e com a menção ao número de sócio da APG. A APG inicia agora um processo de seleção de nove recém-licenciados que serão acompanhados por um leque de peso de diretores de recursos humanos. “A adesão a este projeto foi enorme e temos connosco pessoas muito experientes e valiosas de empresas como Santander, Ericsson, Vodafone, Accor, Danone, Bayer, Pingo Doce, Randstad e Merck Sharp & Dohme”, explica Margarida Barreto.

Isabel Heitor, diretora de Recursos Humanos da Accor será um dos nove mentores nesta edição do Passaporte RH. A sua empresa acolherá um candidato a quem quer possibilitar para lá da aprendizagem profissional em contexto de trabalho, em contacto direto com a realidade empresarial e o mundo do trabalho. Para Isabel Heitor, “a maioria dos jovens recém-licenciados não obstante ter cada vez mais uma visão do mundo alargada, carece de autonomia, responsabilidade e resiliência. E é este carimbo do lado prático da vida que o passaporte pode dar”.
Mas para Catarina Horta, membro da APG e sponsor do projeto, o Passaporte RH tem outras potencialidades, nomeadamente a possibilidade de abrir portas no mercado de trabalho. “Um recém-licenciado que tenha a oportunidade de estagiar Noam boa empresa, com um diretor de recursos humanos experiente como mentor vai ter oportunidades de desenvolvimento únicas e certamente aumentará a sua empregabilidade”.

Contudo, para a responsável, esse está longe de ser o único objetivo deste projeto. “A ideia é proporcionar uma passagem de testemunho e de experiência entre pessoas relevantes no universo da gestão de recursos humanos e aquelas que estão agora a começar, de modo a facilitar a sua entrada no mercado de trabalho, a promover a criação de um plano de desenvolvimento de competências do jovem recém-licenciado e a aligeirar esta transição de carreira”. Um projeto que em edições futuras poderá alargar-se a outras áreas e abranger mais candidatos.



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