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A start-up que Silicon Valley quer

A start-up que Silicon Valley quer

Cristina Fonseca e Tiago Paiva criaram, nos bancos do Instituto Superior Técnico (IST), uma startup que desde cedo chamou a atenção da meca do empreendedorisco tecnológico: Silicon Valley. Com a Talkdesk, a dupla carimbou o passaporte de entrada para uma das melhores incubadoras de Silicon Valley – a Googleplex -, passando a figurar como os primeiros portugueses a serem admitidos na plataforma de incubação. A dupla acaba de angariar 2,5 milhões de euros junto de investidores internacionais que servirão para potenciar o crescimento do negócio e ampliar a equipa. O recrutamento já decorre.

16.10.2014 | Por Cátia Mateus


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Entre Oeiras e Silicon Valley, nos Estados Unidos, há uma dupla de empreendedores portugueses que está a chamar a atenção dos investidores internacionais e de outras empresas, onde as plataformas de contacto com o cliente são fator-chave. Cristina Fonseca (25 anos) e Tiago Paiva (26 anos) conceberam uma plataforma que permite a qualquer cliente criar um call centre na cloud, eliminando a sobrecarga dos tradicionais call centers. A Talkdesk permite que em menos de cinco minutos uma empresa possa começar a responder a chamadas telefónicas, usando apenas o computador, sem custos iniciais ou contratos de longo prazo. Uma fórmula que chamou a atenção dos investidores internacionais para esta dupla de portugueses que já soma, na sua atividade em Portugal e nos Estados Unidos, clientes como a Dropbox, Fitbit ou Chevrolet.

Foi a vitória num concurso onde o objetivo era ganhar um computador que abriu as portas de Silicon Valley a dois ex-colegas de curso no IST, levando-os a criar um projeto que para muitos especialistas veio revolucionar o mercado dos call centers. Em três anos de atividade, a empresa liderada por Cristina Fonseca e Tiago Paiva alargou o seu quadro de profissionais de seis para 25, soma sucessos e está em plena rota de expansão. Tanta que precisa de recrutar. “Nos primeiros dois anos, o foco foi desenvolver um produto adaptado ao mercado e que melhorasse a interação das empresas com os seus clientes via telefone. Durante esse período, a empresa funcionava com uma equipa de sete pessoas e trabalhava num regime de proximidade com os clientes para conceber um produto adaptado às suas necessidades”, relembra Cristina Fonseca que acrescenta: “o produto foi muito bem aceite e conseguimos captar clientes a operar em mais de cinquenta países”.

Este crescimento da atividade, que culminou agora no investimento de 2,5 milhões de euros alcançado junto de investidores estrangeiros, levará a empresa a um crescimento no seu número de quadros. Cristina Fonseca confirma o processo atualmente em curso para integrar até ao final do ano, na Talkdesk, 25 novos profissionais, com especialidade nas diversas áreas tecnológicas essenciais ao negócio. “A empresa é constituída maioritariamente por engenheiros e perfis mais técnicos e, mais recentemente, perfis de vendas e serviço ao cliente. Um dos objetivos desta ronda de investimento foi investir noutras áreas para podermos expandir o negócio”, explica a co-fundadora da empresa.

Cristina Fonseca quer atrair para o negócio os melhores entre os melhores, em áreas diversas mas com forte componente tecnológica. “Portugal é um país cheio de talento e estamos ao nível dos melhores”, enfatiza a empresária que assume para a Talkdesk o objetivo de “ser uma clara referência nesta área, até por sermos a primeira empresa a trazer inovação para uma área tão tradicional como os call centers”. Apesar de ter já uma base de clientes considerável, a empresária considera que o projeto tem um imenso potencial de crescimento. Para isso tem de ancorar a sua equipa na excelência. “O crescimento da empresa justifica as contratações. É essencial aumentarmos a equipa para fazer face aos novos desafios”, explica reforçando que “somos extremamente exigentes porque acreditamos que a equipa de excelência foi o que nos trouxe até aqui. As competências técnicas são importantes mas a cultura e vontade de transformar o projeto em algo com futuro é o que faz a diferença”.



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