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Formação Comportamental: aferir o seu impacto



01.01.2000



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Formação Comportamental: aferir o seu impacto

António Francisco Saraiva

Quem vive a Formação Comportamental por dentro terá a ideia de que efectivamente ela tem o seu impacto. Ainda por cima para aqueles que se preocupam em seguir um levantamento de necessidades de formação rigoroso, bem estruturado, que lhe tem permitido desenhar e implementar acções ou programas de formação alinhados com o real organizacional. Ainda mais quando as avaliações no final de cada acção ou programa estão no topo da escala, quando alguém diz que saiu mais enriquecido e que o levou a reflectir sobre a sua forma de ser e de estar. Ou ainda, a alegria de se dizer que foi uma acção ou programa muito giro (o pior que pode acontecer).

O que se pretende é que esta formação tenha influências, sem dúvida, nos comportamentos dos formandos, mas que, essencialmente, se repercuta no Comportamento Organizacional. Muito se tem conseguido apurar com as ditas sessões designadas por follow-up (ou de acompanhamento), realizadas entre dois a seis meses (em média) após a conclusão de uma acção ou programa formativo, no sentido de se aferir durante algumas horas se os formandos cumpriram alguns planos de acção que trouxeram da etapa anterior ou mesmo que impactos sente que está a ter no seu desempenho na Organização.

O problema é que, mais uma vez, apesar de poder ser um passo importante, voltamos à lógica da sensação, leia-se aqui, percepção sobre o (ou do) real. Por mais resistência que façamos à mensuração de factores comportamentais, a verdade é que este é o grande desafio. Ou melhor, medir-se o impacto das modificações comportamentais, geradas/treinadas em formação, nos processos de trabalho. Induz-se, pois, a necessidade da Organização ter os seus processos mapeados, as responsabilidades de intervenção definidas, as competências alinhadas, já sem se falar num sistema de Avaliação do Desempenho implementado.

Não existem, como se percebe, equipamentos, aparelhos, que nos permitam efectuar uma medição do impacto da formação comportamental. A avaliação do desempenho aparece, pois, como um instrumento decisivo para esta medição. Embora não único é de significativo relevo.






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