Cátia Mateus
Doze dias, 50 instituições, 30 empresas e 21 universidade e institutos do ensino superiores são os números iniciais da 4ª edição da Bolsa Virtual de Emprego Universia. O evento bianual arrancou no dia 11 e vai manter-se online até ao próximo dia 22, mostrando aos potenciais candidatos que, apesar da elevada taxa de desemprego que marca o país, o mercado continua a gerar oportunidades que estão reservadas para os melhores perfis.
Direccionado maioritariamente aos estudantes universitários em fase de conclusão da sua formação, mas também aos recém-licenciados e aos jovens profissionais que tenham recentemente dado o primeiro passo no universo laboral, o endereço http://bolsaemprego.universia.pt pode mesmo representar um pontapé no desemprego para muitos jovens. Aqui, há ofertas de emprego qualificado e para Pedro Monteiro, director-geral do Universia Portugal, “com a economia a abrandar e o desemprego a aumentar, a bolsa entra, mais uma vez, em contraciclo”.
E, consciente das dificuldades do momento, a Universia reforçou-se para melhor cumprir o seu papel. A somar já quatro edições, esta bolsa virtual conquistou agora a presença de três participantes de peso, a juntar aos já existentes: o Aki, o BNP Paribas Security Services e a Fundação da Juventude.
Segundo o responsável da iniciativa, “nesta edição quisemos apostar em novas formas de cooperação para alcançar um novo efeito de alavanca da Bolsa Virtual de Emprego”. Pedro Monteiro acrescenta ainda que “a Fundação da Juventude aparece associada ao PEJENE, Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior, que visa facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho”. O responsável assegura que “todos os pré-finalistas e finalistas do ensino superior que já atingiram um nível de formação que lhes permite desempenhar tarefas de carácter profissional, e que queiram aceder a este programa de estágio em particular, podem fazê-lo excepcionalmente através da Bolsa”.
Graças a uma tecnologia que facilita a transmissão de áudio e vídeo, é possível aceder a uma vasta base de dados de oportunidades disponíveis, dados curriculares e visitar os stands das empresas presentes no evento. Possível é também aos candidatos apresentarem a sua candidatura junto das empresas presentes no evento, em formato de currículo-vídeo com duração de um minuto, bem como realizar entrevistas em tempo real, assistir a colóquios, fóruns e participar em chats onde a questão central é sempre a empregabilidade
O projecto de apoio ao empreendedorismo reúne um total de 15 empresas vocacionadas para as áreas de criação, gestão e desenvolvimento de negócios. A meta é ajudar os jovens empresários a ultrapassar o receio de arriscar e promover a criação de empresas com a máxima segurança possível. “Esta bolsa disponibiliza apoio consultivo especializado em várias áreas inerentes à criação de uma empresa, proporcionando ao empreendedor consultoria qualificada, personalizada e democratizada, nomeadamente por via da intervenção à escala nacional e de custos controlados”, faz saber a ANJE que adianta ainda que “através deste projecto a associação procura também optimizar e conferir maior credibilidade e eficácia à sua estratégia de apoio ao empresariado nacional”.
A rede de consultores funcionará mediante a intervenção da associação que reencaminhará os empreendedores para os consultores que mais se adeqúem às suas necessidades. Em comunicado a ANJE faz saber que “a qualidade e credibilidade das entidades que integram a plataforma foi assegurada por um rigoroso método de classificação e certificação, a cargo de um júri experiente que analisou as 50 empresas candidatas à bolsa do ponto de vista das boas práticas profissionais, da cobertura territorial dos seus serviços, das áreas de competência, da experiência e dos próprios preços praticados”.
Gestão, contabilidade, fiscalidade, investimento, estratégia, marketing, comunicação, imagem, arquitectura, ambiente, qualidade e internacionalização são algumas das áreas abrangidas pela bolsa de consultores que vem reforçar as valências das Lojas do Empreendedor que a ANJE lançou em finais de 2008 e que funciona na sede da ANJE, no Porto, e nos diversos núcleos da associação espalhados pelo país. A meta de qualquer um dos projectos é apoiar a criação de novas empresas, mesmo em tempos de crise, e contribuir para a criação de emprego no país.