A XIMI nasceu em abril deste ano com o objetivo de “erradicar a solidão” e mesmo sem estar ainda disponível no mercado, tem somado algumas conquistas. Foi uma das empresas selecionadas para participar na Web Summit e, mais recentemente, na Smart City Expo World Congress e Fira, de Barcelona. A equipa por detrás do projeto - Nelson Figueiredo de Pinho, Luís Curvelo e Pedro Santos - gosta de o resumir como uma app criada para “fazer as pessoas felizes, lutando contra a solidão, o isolamento e o sedentarismo”. Como? Promovendo hábitos de vida saudáveis e a interação entre os seus utilizadores através de três conceitos base: gamificação, realidade aumentada e computação cognitiva.
A equipa partiu das estatísticas para ganhar embalo para o desenvolvimento da app. E os dados não são animadores. Em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) existem amis de 1,2 milhões de pessoas solitárias. “Esta calamidade pressiona brutalmente os custos de saúde e sociais do país, sem falar no impacto que tem para os visados e para as famílias”, explica Nelson Figueiredo de Pinho, engenheiro industrial de 35 anos, cuja tese de doutoramento aproximou a engenharia da saúde e um dos fundadores da plataforma.
A XIMI tem como público-alvo pessoas a partir dos 55 anos de idade está sustentada “numa aplicação móvel que utiliza diferentes metodologias, desafiando os seus utilizadores para aventuras relacionadas com hábitos de vida saudáveis”, explica Pedro Santos. Simultaneamente, a app - que estará disponível em todas as plataformas mobile - conecta-se com dispositivos biométricos para recolher informações como peso, nível de glicémia, batimentos cardíacos, nível de oxigénio no sangue, tensão arterial e outros. “Os valores introduzidos na plataforma são, posteriormente, cruzados com outros detalhes relativos à saúde do utilizador e permitem, através de mecanismos de inteligência artificial e computação cognitiva, adaptar automaticamente os desafios propostos a cada pessoa, bem como sincronizar os indicadores biométricos e respetivos timings de monitorização, caminhando para a medicina personalizada”, reforça Luís Curvelo.
A app, desenvolvida no âmbito da plataforma de inovação da COMPTA, a Lusídeias, está neste momento em fase de teste junto de um grupo controlado de utilizadores, prevendo-se que esteja disponível ao público durante o primeiro trimestre de 2017. O seu propósito é funcionar como um canal de permanente comunicação entre o idoso e aqueles que lhe são mais próximos (cuidadores informais). A equipa investiu na sua criação €150 mil e quer, em cinco anos, “estar presente em cinco países, somar 500 instituições patrocinadoras estar associada a pelo menos 25 grandes parceiros no sector da saúde e fazer dois milhões de pessoas mais felizes”, explicam.