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Um aliado para as empresas

Um aliado para as empresas

O Trabalho Temporário tem vantagens para quem recruta e para os colaboradores. Aos primeiros dá a possibilidade de diminuir, por exemplo a carga burocrática e os custos de natureza administrativa e transformar custos fixos em variáveis com uma gestão mais sustentável para a empresa. Aos segundos, oferece a oportunidade de conciliar a vida profissional com a vida académica ou familiar, mantendo um bom rendimento.
20.05.2010 | Por Cátia Mateus


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Se houve mudança que a crise gerou no universo do trabalho temporário (TT) em Portugal, foi o facto de ter introduzido no esquema habitual do emprego eventual e temporário perfis mais qualificados. Mas ainda assim, os especialistas do sector reconhecem que o TT sofre ainda de uma conotação negativa, quer por parte das empresas quer por parte dos candidatos. Uma visão limitada e redutora que os players do mercado querem deitar por terra. Tanto mais que o sector parece estar a crescer e a ganhar cada vez mais terreno, com vantagens cada vez maiores.

Para Amândio da Fonseca, líder da empresa de recrutamento EGOR, “com base nos nossos actuais índices de actividade, o recurso ao TT tem demonstrado, em contra-ciclo com o mercado de emprego um crescimento”. Ainda assim, o especialista argumenta que “apesar de ser a actividade económica que mais postos de trabalho cria em Portugal, o TT continua a ser olhado por sindicatos e governos como a bête noir das relações laborais”. Uma visão que diz ser redutora e injusta. “Para além da moralização concorrencial no sector, as empresas de TT necessitam de ser reconhecidas pelas entidades oficiais e pela sociedade em geral como parceiros de importância social e económica decisiva no mercado”, reclama argumentando que “o futuro do trabalho temporário depende deste processo de dignificação e reconhecimento, mas também de uma consciencialização de que a segurança no emprego a que podemos aspirar resulta de um sistema educativo efectivamente qualificante, um Estado com dimensão ética e reguladora e de um investimento constante no desenvolvimento pessoal e profissional”.

Uma ideia corroborada por Álvaro Fernandéz, director-geral da Michael Page que reconhece que, lentamente, “o TT deixou de ser encarado como uma ferramenta obscura de ultimo recurso, utilizada apenas para ultrapassar questões de curto prazo sem complexidade ou exigência”. O especialista diz que “neste momento, pelo tipo de empresas que recorrem ao TT e pelo perfil de candidatos cada vez mais especializados que se mostram disponíveis para estes projectos, constatamos que esta ferramenta exigente foi adoptada quer para perfis funcionais ou funções estratégicas – Interim Management -, PME's, grandes empresas nacionais e multinacionais de prestígio”.

O TT parece pois estar a cativar o mercado e a mostrar as suas potencialidades e desvantagens enquanto modelo de contratação e emprego. Vantagens essas que para João Silva, director coordenador da área de TT e Outsourcing da Multipessoal, são cada vez mais evidentes. “O regime legal de trabalho temporário é um dos instrumentos mais utilizados no que toca à utilização de improbabilidade eventual, permitindo transformar custos fixos em variáveis, tendo como resultado uma gestão mais sustentável das empresas”, explica. Mas as vantagens organizacionais de recorrer ao TT vão além disto e abarcam, por exemplo, factores como a diminuição da carga burocrática ou incremento dos volumes de vendas alocando os recursos certos para as áreas-chave (ver caixa).

Para os candidatos há também vantagens. João Silva refere como pontos fortes a flexibilização de horários e consequente qualidade de vida, sobretudo para quem estuda ou tem projectos paralelos de carácter pessoal, profissional ou familiar. Paralelamente, é também possível utilizar o TT como foram de testar a aptidão de um candidato para determinada função ou profissão, evitando apostas profissionais que por desconhecimento da realidade laboral terminam, muitas vezes em insucesso. João Silva destaca ainda que “muitas vezes, o cliente opta por contratar directamente determinado colaborador depois de conhecer o seu desempenho através do TT, constituindo por isso esta uma importante via para o candidato se apresentar ao mercado”.

Contudo, o especialista da Multipessoal não nega que para este relacionamento ser bem sucedido de parte a parte, as empresas que recorrem a estas contratações devem ter alguns cuidados. Trabalhar com empresas de recursos humanos com alvará e certificadas é o ponto de partida. Depois, “há que avaliar a solidez financeira da empresas fornecedora do serviço, visto que cabe à empresa de recursos humanos pagar os salários e a segurança social relativos ao colaborador contratado, dentro dos timings previstos”, enfatiza João Silva para quem “uma escolha responsável do parceiro do recrutamento é fundamental quando se fala de gestão de pessoas”. Paralelamente, em caso algum, refere, “a empresa que recorre ao TT deverá negligenciar as suas responsabilidades no processo, fazendo por exemplo periodicamente um controlo do cumprimento de todos os requisitos legais e financeiros do parceiro que escolheu”.

As vantagens do TT nas empresas

. Permite transformar custos fixos em variáveis
. Incremento do volume de vendas, através da colocação das pessoas certas na hora certa
. Benefícios de assessoria jurídica na gestão e/ou contratação de trabalhadores temporários
. Diminuição da carga burocrática
. Diminuição dos custos de natureza administrativa
. Focalização dos esforços apenas no core business
. Gestão flexível permitindo um incremento da rentabilidade através de uma gestão audaz e arriscada

Fonte: Multipessoal




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