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Turismo contrata mais

02.04.2004


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Cátia Mateus

O MERCADO de recrutamento nacional mostra sinais de crescente dinamismo. De acordo com o Hiring Survey 2004, um estudo da empresa multinacional de "executive search" MRI Worldwide sobre as intenções de contratação das empresas portuguesas para o primeiro semestre do corrente ano, a maioria dos sectores de actividade evidencia sinais de retoma.

Seguindo uma tendência de retoma que o último semestre de 2003 já havia evidenciado, os primeiros meses de 2004 parecem correr de feição às empresas nacionais, nomeadamente as ligadas ao turismo.

Das 570 empresas - ligadas aos sectores da construção, turismo/hotelaria, indústria, grande consumo, farmacêutico, logística, distribuição e imobiliário - inquiridas pela MRI Worldwide no último Hiring Survey, 52,3% afirmam a sua intenção em manter o número de colaboradores que actualmente detém.

Apesar da percentagem ser animadora, a diferença entre as empresas que tencionam reduzir o número de colaboradores (24,4%) e as que querem apostar nas contratações (23,3%) é residual com prejuízo para a última.

Na opinião de Ana Luísa Teixeira, "managing partner" da MRI Worldwide Portugal, "os dados do inquérito apontam para indicadores de retoma na generalidade dos sectores".

Todavia, a responsável afirma que a construção e a mediação ainda enfrentam graves problemas, confirmando-se a sua retracção face a outros sectores de actividade onde a tendência é manter ou aumentar as contratações.

No sector da construção 51% das empresas confirmaram a redução de colaboradores durante o primeiro semestre do ano e no sector da mediação esta percentagem cresceu para os 55,6%.

O turismo é o sector onde as contratações atingirão maior dinâmica. São 67,9% as empresas decididas a manter os seus colaboradores e 28,3% perspectivam novas contratações.

Para aquela responsável, este crescimento na intenção de contratações está relacionado com o Euro-2004 e com o Rock in Rio Lisboa.

Mas, para a especialista, os dados mostram que os portugueses continuam a actuar em cima da hora já que "para conseguir os profissionais mais qualificados, o recrutamento deveria ter começado em 2003".





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