Vítor S. Andrade
vandrade@mail.expresso.pt
O MERCADO do recrutamento está a passar por uma das fases mais
difíceis dos últimos anos. A quebra do investimento, a situação
económica difícil de muitas empresas e mesmo o encerramento
de algumas linhas de produção, está a provocar um
clima de estagnação e de aumento do número de desempregados.
Os recém-licenciados, mais uma vez, estão entre os mais
prejudicados por esta conjuntura. Por um lado, porque continuam a proliferar
os cursos sem correspondência no mercado de trabalho, por outro,
porque os próprios pempregadores insistem em privilegiar o recrutamento
de mão-de-obra com experiência profissional comprovada.
Isso mesmo ficou bem claro na nossa última edição,
em que mais de 65% das ofertas de emprego exigiam o domínio de
uma determinada actividade. Ou seja, a oferta de trabalho continua a dirigir-se
sobretudo para quem já está empregado. Não parece
certo, mas é exactamente assim.