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Trabalhadores à prova de recessão

Apesar da conjuntura económica adversa que o país atravessa, os trabalhadores portugueses assumem-se confiantes e leais ao seu empregador.
11.03.2010 | Por Cátia Mateus


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As conclusões do estudo Kelly Global Workforce Index de 2010 , agora divulgado, no que respeita ao tema “Lealdade à empresa e envolvimento do colaborador”, não deixam margem para dúvidas: os trabalhadores portugueses estão consideravelmente resistentes à recessão económica do país e mais de um quarto descreve-se como totalmente leal ao seu empregador.

O estudo, realizado entre Outubro de 2009 e Janeiro do corrente ano, inquiriu a nível global 134 mil pessoas, sendo que mais de 16 mil entrevistas foram feitas em Portugal. As principais conclusões revelam que 28% dos inquiridos estão “totalmente envolvidos” e 34% “bastante envolvidos” com a sua empresa. A geração dos Baby Boomers (com idades entre os 48 e os 65anos) é a que mais veste a camisola com 44% dos inquiridos a assumirem-se “totalmente envolvidos” com a organização onde trabalha. Logo a seguir no ranking surge a Geração X (dos 30 aos 47 anos), com 31% e só depois a Geração Y (dos 18 aos 29 anos), com 27%.

Segundo o Kelly Global Workforce, 14% dos inquiridos diz que o abrandamento económico os tornou mais leais, enquanto 10% afirma que se tornaram menos leais e 76% dizem não ter mudado de postura face à organização. Frank Weermeijer, director-geral da Kelly Services, justifica este comportamento com a teoria de que: “as empresas que tenham comunicado abertamente com os seus colaboradores sobre as difíceis condições económicas e que tentaram o seu melhor para os preservar, têm sido capazes de construir fortes níveis de confiança nas suas organizações”. O responsável adianta ainda que “é provável que o aumento do envolvimento dos trabalhadores se torne uma vantagem real, com uma equipa mais comprometida e focalizada, à medida que a economia recupera”.

Na verdade, a reputação de uma organização tem vindo assumir crescentemente uma importância vital na forma como os trabalhadores e futuros trabalhadores ponderam as suas decisões de carreira. Ao avaliar a reputação de um empresa, os trabalhadores dão maior importância à qualidade da liderança, produtos e serviços, e dos colaboradores. Os factores menos importantes são, segundo este estudo, a longevidade, a presença global, os resultados financeiros e as iniciativas destinadas a promover a responsabilidade social corporativa. Para Frank Weermeijer, “quando olhamos para os factores que motivam as pessoas no local de trabalho, é claro que as oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal são fundamentais, pois é a oportunidade de realizar um trabalho estimulante e desafiador que move as pessoas".

Quando solicitado que nomeassem o único factor que faria um trabalhador mais comprometido com o seu trabalho: 40% mencionam "um trabalho mais interessante e desafiante”, seguido por “Um salário melhor/ regalias melhores” (23%).

Em Portugal, os resultados deste inquérito revelam ainda que a reputação da empresa é considerada “muito importante” na selecção e na retenção de um emprego, sobretudo para a geração dos Baby Boomers (40%). E quando questionados sobre uma eventual decisão de abandonar a empresa actual, 28% dos inquiridos diz que o faria se não houvesse oportunidade de evolução na carreira e 18% diz que não hesitaria em fazê-lo em caso de má gestão.



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