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Tecnologia atraí portugueses

Portugal foi recentemente apontado pelo European Innovation Scoreboard, como líder do grupo de países moderadamente inovadores. Espelho deste crescente investimento na tecnologia e inovação é adesão das empresas e profissionais portugueses ao programa Carnegie Mellon Portugal.
25.06.2010 | Por Cátia Mateus


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Arrancou em Portugal em Outubro de 2006, com o propósito de apoiar a as empresas tecnológicas na formação dos seus quadros. Na altura tinha apenas três empresas associadas em território nacional: a PT, a Nokia Siemens e a Novabase. Hoje, o programa Carnegie Mellon Portugal, engloba uma rede de perto de quarenta empresas nacionais e está a formar mais de 200 doutorados e mestres nacionais e estrangeiros. O Governo Português já investiu cerca de 44 milhões de euros neste programa desde o seu arranque, para financiar esta parceria estratégica com uma universidade de topo norte-americana, que envolve um ambicioso programa de formação avançada.

O seu propósito é desenvolver projetos de investigação que trazem valor acrescentado às empresas nacionais e formar uma nova geração de líderes científicos e industriais com aspirações internacionais. Uma meta que tem o programa Carnegie Mellon tem vindo alcançar em Portugal. Se de início eram três as empresas que abraçaram este projeto, hoje são várias dezenas e o seu impacto é visível. Se há setor onde Portugal fez assinaláveis progressos foi no tecnológico. Em 2009, pelo terceiro ano consecutivo, a balança tecnológica saldou-se positiva com 85 milhões de euros e são cada vez mais as empresas portuguesas a dar cartas no panorama internacional nesta área. De tal ordem que no ano passado, Portugal foi mesmo apontado no relatório do European Innovation Scoreboard, como líder do grupo de países moderadamente inovadores, sendo referido como o que mais progrediu em investimento de empresas em investigação e desenvolvimento.

Uma realidade que é também espelhada na importância e adesão ao programa Carnegie Mellon em terras lusas. Além de permitir o acesso a redes globais de conhecimento, este programa já permitiu a concretização de 10 projetos de investigação e o desenvolvimento de produtos concretos com forte componente de inovação. Enquanto a Novabase tira partido do conhecimento adquirido pelos seus colaboradores num mestrado da Carnegie Mellon, adotando internamente avançados sistemas de engenharia de sofware, a PT desenvolveu o Meo no âmbito de um projeto de investigação desencadeado neste programa.

Mas este programa tem financiado projetos de investigação em áreas diversas. Desde a tradução simultânea, à minimização de riscos laborais, passando pela segurança rodoviária, há de tudo. O Drive-In, por exemplo, é um dos mais recentes projetos apoiados pelo programa Carnegie Mellon. Trata-se de um aparelho que permite aumentar a segurança rodoviária viabilizando a comunicação entre viaturas.

O diretor do programa Carnegie Mellon Portugal faz um balanço positivo do projeto que lidera e da sua interação com o tecido empresarial. Como próximas etapas assume o enquadramento dos jovens doutorados no tecido industrial e a necessidade aumentar a mobilidade de docentes universitários e quadros das empresas entre o meio académico e empresarial. Estreitar ao limite esta relação com evidentes benefícios para ambas as partes é fundamental, sobretudo numa conjuntura económica como a que se vive. Ou não estivesse já provado que se há empresas que parecem estar a conseguir driblar com arte a crise, conseguindo até registar crescimento e expansão internacional, são as de base tecnológica.



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