A consultora tecnológica agap2 resolveu as suas dificuldades de contratação com uma academia de formação. Face às crescentes dificuldades de recrutamento resultantes da “reduzida oferta de candidatos jovens com experiência para trabalhar em projetos de consultoria”, Jorge Batista, diretor executivo da agap2 avançou, em novembro, para a criação da agap2 Academy. O objetivo da nova estrutura é atuar como acelerador da experiência e conhecimento de jovens licenciados na área das Tecnologias de Informação (TI), potenciando o recrutamento de jovens profissionais e dotando-os das competências para trabalhar em cenários de consultoria.
Fazer a ponte entre as instituições de ensino superior e o mercado de trabalho é, na ótica de Jorge Batista, um dos objetivos da agap2 Academy que assegura um processo de formação e certificação em soluções tecnológicas com duração de três meses. Segundo o diretor executivo da consultora, a academia tem capacidade para integrar até 10 formandos em simultaneo e encontra-se direcionada para licenciados em TI, com interesse na área de Desenvolvimento e competências de Programação.
Até ao final do ano, deverão concluir este processo formativo 25 novos consultores. “O objetivo passa por identificar mão-de-obra qualificada na área das TI, criando a oportunidade para colmatar alguma falha de experiência e de ritmo de trabalho em jovens licenciados que consideramos especialmente capazes”, explica Jorge Batista. O diretor executivo acentua a dificuldade em selecionar candidatos com o perfil desejado adiantando que “entrevistamos 100 a 120 pessoas por semana e, mesmo face a este volume de candidaturas, torna-se difícil encontrar aqueles que serão os próximos consultores da agap2”.
Um processo de seleção exigente
O recrutamento para a Academy é realizado em duas vertentes, mediante o acompanhamento de projetos de final de curso de licenciatura ou mestrado e do recrutamento direto. No contacto estabelecido através de instituições de ensino superior, a agap2 atua como “conselheira” dos alunos, identificando possíveis consultores numa fase de saída dos alunos das universidades. Jorge Batista cita como exemplo uma primeira experiência positiva já realizada nesta área, com o Instituto Politécnico de Tomar. Do processo de seleção dos candidatos fazem parte uma avaliação comportamental e técnica.
“Os três meses de passagem pela Academy possibilitam a formação em tecnologia Microsoft e/ou Java, a par de uma formação complementar em línguas, no caso de clientes internacionais, com o acompanhamento interno realizado por um gestor de projeto”, explica o diretor executivo. Jorge Batista reforça que o conhecimento adquirido é aplicado no desenvolvimento de um projeto para um cliente real da consultora.