A gestão diária de uma startup é o desporto favorito de Nuno Pacheco, um dos fundadores e diretor de operações (chief operating officer) da startup Linkedcare, uma aplicação que liga médicos e cidadãos criando um ecossistema digital mundial na área da saúde e que há cerca de um ano arrancou em Portugal. Engenheiro físico e eletrotécnico de formação, Nuno Pacheco lidera a operação nacional de uma empresa onde, garante, “não há recursos humanos. Há talento e cultura”.
O desenvolvimento diário da Linkedcare conta atualmente com 25 profissionais em várias áreas. Uma equipa que segundo Nuno Pacheco deverá duplicar já este ano. A empresa perspetiva contratar 24 novos talentos que está já a identificar no mercado. O gestor assume como desafio fazer da Linkedcare uma empresa de sucesso mundial e por isso, a sua estratégia de contratação tem sempre na mira uma orientação global.
Com uma carreira de vários anos ligada a multinacionais tecnológicas como a Siemens, a Cisco Systems ou a Ericsson (onde conheceu o seu sócio no projeto Linkedcare, Hans-Erhard Reiter, ex-presidente da Ericsson), o gestor trabalhou com mais de 40 países. Da experiência retirou como herança um posicionamento de gestão global onde o talento o seu desenvolvimento quotidiano são vitais.
Carimbar o passaporte de entrada para uma startup com ambições globais como a Linkedcare requere, na ótica do fundador, a aplicação quotidiana do lema “um desistente nunca é um vencedor e um vencedor nunca desiste”. Todos na empresa, enfatiza, “têm de acreditar no projeto de forma igual”. Para Nuno pacheco, a Linkedcare não é um emprego é antes uma visão cujo sucesso “terá implicações na vida de milhões de pessoas em todo o mundo”.
Nas metas que Nuno Pacheco definiu para a empresa a curto-médio prazo está a amplificação do seu alcance a outros países. “O objetivo é chegar às dezenas de milhares de médicos, somando vários países, e a milhões de cidadãos”, explica o responsável enfatizando que “a Linkedcare tem hoje contratos para executar em breve que permitirão levar cuidados de saúde a pessoas que jamais a eles teriam acesso”. A plataforma permite que médicos e pacientes comuniquem entre si e partilhem informações que considerem relevantes. Depois de um registo na plataforma, o cidadão tem acesso a um vasto leque de funcionalidades que incluem, por exemplo, a prescrição eletrónica de medicamentos, a consulta vídeo e outras.
Na equipa que sustenta esta plataforma “o perfil dominante é a excelência”, explica Nuno Pacheco. Grande parte dos elementos da equipa tem formação na área das tecnologias, mas a Linkedcare integra igualmente perfis diversos das áreas da Biologia, Gestão, Marketing, Comunicação ou Engenharia de Software. As novas contratações que a empresa vai realizar este ano serão feitas tanto em solo nacional como a nível internacional. É que para Nuno Pacheco o talento não tem nacionalidade nem fronteiras. Na seleção contam, como esclarece, as doses certas de “ambição, resiliência e capacidade de trabalho”.