Maribela Freitas
A SONAE Distribuição está a apostar nos seus recursos humanos, nomeadamente na sua formação. Durante o ano passado foram ministradas cerca de 400 mil horas de formação aos seus colaboradores.
Esta estrutura («subholding» do Grupo Sonae para área do retalho) emprega 20.400 pessoas em Portugal. Deste universo e na área operacional e de indústria, encontram-se trabalhadores com qualificações que vão do 9.º ao 12.º anos de escolaridade. As funções mais técnicas e qualificadas são preenchidas maioritariamente por licenciados.
José Côrte-Real, director de recursos humanos da Sonae Imobiliária explica que «a formação é fundamental para o processo de desenvolvimento organizativo, diríamos até sobrevivência, nos contextos de mudança e competitividade que atravessamos. É também indispensável para o crescimento e desenvolvimento de carreira de todos os nossos colaboradores».
Em 2003 foram ministradas cerca de 400 mil horas de formação e durante este ano o investimento nesta área ascendeu já a um milhão e 700 mil euros, excluindo salários e componente de deslocações e estadas. O programa formativo tem sido orientado de acordo com as necessidades dos trabalhadores e da empresa. Para os operacionais, a formação tem incidido na sua qualificação e requalificação, alargamento de competências e de visão nas funções quadro.
«A política de mobilidade da companhia a isso obriga», refere José Côrte-Real. Acções formais, em sala — ultimamente já com componente relevante de acções «on-line» —, experimentais com recurso a «outdoor» ou jogos «indoor», muita formação no posto de trabalho, e carreiras «ziguezague» (a possibilidade de um trabalhador transitar entre as empresas do grupo), fazem parte do plano formativo ministrado pela Sonae Distribuição.
Nesta estrutura empresarial a progressão de carreira tem vindo a ser feita «preferencialmente através de promoção interna e em determinado nível a ziguezague. Temos em todo o grupo um processo de avaliação dos recursos humanos cujo principal objectivo é acompanhar a formação e desenvolvimento de carreira de todos os quadros», salienta José Côrte-Real.
Assim, a sua política de recursos humanos tem-se pautado pela «rentabilização e flexibilidade dos colaboradores face às necessidades do negócio, a par da sua qualificação e motivação, através de uma liderança forte, objectivos organizativos claros e acompanhamento dos desempenhos», salienta este responsável.
Do lado dos trabalhadores, sejam do quadro ou a termo e, para avaliar o seu grau de satisfação, é feita de quatro em quatro anos uma análise do seu nível de satisfação, através de um inquérito. «Em função dos seus resultados tomam-se as acções de informação e sensibilização para os aspectos que devem ser melhorados», finaliza José Côrte-Real.