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Salários aumentam para os recém-licenciados... e para os mais qualificados

Salários aumentam para os recém-licenciados... e para os mais qualificados

O salário-base anual dos recém-licenciados portugueses, no seu primeiro emprego, aumentou €1.107 face a 2015, situando-se agora nos €13.057 anuais. As contas são feitas pela consultora Mercer que esta semana divulgou do estudo nacional de tendências de compensação e benefícios, Mercer Total Compensation Portugal. É a guerra pelo talento e pela retenção dos melhores profissionais nas empresas que está a 'forçar' as melhorias salariais.

17.09.2016 | Por Cátia Mateus


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Em 2015, o valor mínimo do salário-base anual de um recém-licenciado colocado no seu primeiro emprego era, em Portugal, €11.950 anuais. Um valor que segundo as contas da consultora Mercer aumentou este ano, pelo menos à luz das práticas seguidas nas 305 empresas nacionais analisadas no estudo anual Mercer Total Compensation Portugal, esta semana divulgado. O salário-base anual dos recém-formados portugueses situa-se agora entre os €13.057 e os €17.984 anuais. O ambiente cada vez mais competitivo e seletivo que se vive nas organizações e a crescente necessidade de identificar e reter os melhores talentos que garantam a prossecução dos objetivos estratégicos das empresas, estão na base deste aumento do valor mínimo salarial em fase inicial de carreira e os rendimentos prometem continuar a subir.

A captação de novos talentos e a retenção dos existentes estão na mira das empresas nacionais e continuarão a estar em 2017. O estudo da Mercer que analisou 160.232 postos de trabalho em 305 empresas nacionais, dá conta de que o número de empresas dispostas a contratar (49,9%) praticamente duplicou em relação ao ano passado, altura em que só 26% das organizações analisadas perspetivavam realizar novas contratações. É residual (7%) a percentagem de empresas que admite reduzir postos de trabalho este ano e expressiva a das que estão apostadas em manter (44%) o seu número de colaboradores atual.

Perspetivas que para Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer, não deverão sofrer grandes alterações em 2017. O especialista prevê para o próximo ano “uma continuação da tendência de crescimento do PIB, com previsões que apontam para 1,7%” e acrescenta que “esta é uma conjuntura que também contribui para o aumento significativo das intenções de contratação de novos colaboradores”. A taxa nacional de desemprego diminuiu de 12,6% em 2015 para os 11,6% este ano, estimando-se que possa ficar pelos 10,7% em 2017. Mas a batalha pela identificação de talento qualificado é cada vez mais crítica nas empresas, que utilizam argumentos diversos para captar e reter os melhores na sua equipa.

Melhores salários como ferramenta de retenção 
Os salários figuram entre os principais trunfos. E se nos últimos anos se tem constatado que que as funções de maior responsabilidade têm sido mais penalizadas em fases de contração económica e, simultaneamente, as que mais recuperam em períodos de crescimento da economia, este ano “registou-se um aumento generalizado dos salários”, avança Tiago Borges. Nos últimos anos, um número de empresas não realizou incrementos salariais, numa estratégia de redução do peso da massa salarial na estrutura de custos das organizações. Em 2016 a situação alterou-se e verificou-se uma descida significativa no número de empresas a praticar esta medida, quer pela recuperação económica quer pelo facto da continuidade dessa política colocar em causa a atração, motivação e retenção de talento.

Segundo o estudo, em 2016, as empresas realizaram incrementos salariais na generalidade das funções, sendo que os quadros superiores e a chefias intermédias, com 1,79% e 1,76% respetivamente, foram os que registaram maiores subidas e os operários, com 1,46%, os que registaram menor incremento salarial. Para o próximo ano a tendência de subida deverá manter-se segundo a Mercer, com exceção dos grupos de Direção-geral e Operários onde a percentagem de incremento salarial será menor. Planos médicos (93%), seguro de acidentes pessoais e de vida (51%), planos de pensões (44%), férias, outros benefícios e educação (57%), complementos de subsídio de doença (37%) e viatura (91%) permanecem como os principais benefícios atribuídos pelas empresas em Portugal.



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