Vítor Andrade
MAIS de 71% das ofertas de trabalho que na semana passada
"desfilaram" pelo Expresso/Emprego exigiam experiência
profissional para os cargos anunciados.
O que é que isto quer dizer? Essencialmente duas coisas: Que os
empregadores nacionais continuam a não querer investir um cêntimo
na formação de mão-de-obra (nomeadamente recém-licenciada)
e que, por outro lado continua a dar-se preferência a quem já
trabalha, não contribuindo, desta forma, para o decréscimo
da taxa de desemprego em Portugal.
Ora, isto não interessa ao país. Naturalmente que os experientes
que mudam de emprego vão deixar um lugar vago que terá de
ser preenchido por alguém.
O problema é que, a seguir, se faz exactamente o mesmo e nunca
mais se aposta a sério na renovação dos quadros das
nossas empresas.