Este foi o ponto de partida para Ricardo Moreira e Serafim Costa quando deixaram para trás os empregos que tinham e associaram o ‘know-how' do Ricardo em administração e contabilidade à formação especializada de Serafim em engenharia informática.
Hoje, a Redicom é uma das PME mais relevantes na área da criação e implementação de projetos de e-commerce, webdesign e aplicações web tendo na sua carteira de clientes (ver caixa) empresas como a Salsa, um ‘case-study' no âmbito das lojas on-line, só para citar um exemplo.
As empresas portuguesas, sejam estas grandes, médias ou pequenas, já perceberam as vantagens de ter a sua identificação num web site, que encurta distâncias geográficas e acelera a transmissão da mensagem promocional. Mais recentemente, estão também a assimilar o grande potencial de negócio que assenta nas plataformas de e-commerce. Basta dizer que, em Portugal, em 2010, só através do PayPal foram vendidos 70 milhões de euros em produtos .
“Quando começámos, em 2002, eramos apenas três pessoas – além de mim, o meu sócio e uma colaboradora - . Focalizámo-nos na ideia que a Internet é um mundo sem fronteiras e que ajuda as empresas a comunicarem e projetarem o seu negócio muito mais além. Tínhamos uma consciência muito forte das oportunidades que existiam mas a verdade é que não tínhamos a expetativa que a Redicom evoluísse de forma tão rápida como tem crescido”, admite Ricardo Moreira.
De empresa que ‘fazia sites',a Redicom assegura hoje um âmbito muito mais alargado de competências. “Colocamos as enpresas num plano comunicativo, cada vez mais importante para a nossa sociedade e economia. Fica bem definido o seu objetivo no mercado, o seu target e o querem obter dos visitantes”, explica o responsável, acrescentando que é fundamental neste âmbito haver uma atualização regular dos conteúdos. A empresa evoluiu depois para “projetos globais e integrados”, diz ainda.
A aposta na plataforma e-commerce através da criação de lojas on-line e da gestão dos segmentos business-to-consumer (B2C) e business-to-business (B2B) tem ajudado esta PME a catapultar os seus resultados que em 2010 aumentaram cerca de 30%, atingindo o seu volume de negócios cerca de um milhão de euros. Ricardo Moreira sublinha que “o comércio eletrónico é uma área em expansão galopante mas onde Portugal está ainda muito atrás de tudo e de todos”: “As empresas acham que criar uma loja on-line é dinheiro fácil e que o negócio funciona por si mas isso não é verdade. Tem que estar automatizada, tem que ter uma equipa por detrás a divulgar a loja, a angariar clientes, a atualizar conteúdos, a promover ofertas, a assegurar as estregas rápidas ou as devoluções… Há um conjunto de pensamento que deve estar estruturado para que o negócio funcione”.
Mas a verdade é que a aposta no comércio eletrónico tem vindo a crescer e hoje absorve já uma fatia de 30% do volume global de faturação da Redicom. Com sede em Santo Tirso e a filial em Lisboa, a empresa está agora em pleno processo de internacionalização para os mercados de Alemanha, França e Angola. Neste último, tem a decorrer vários projetos desenvolvidos diretamente com o Governo angolano no âmbito de portais de informação jurídica.
Em contraciclo com o panorama geral da economia, a Redicom continua otimista e espera, tal como aconteceu este ano em que criou cinco postos de trabalho, vir a fortalecer o seu quadro de pessoal em 2012. “Feito o balanço, em nove anos acumulámos 300 clientes. Temos uma equipa ativa e um trabalho crescente. Mas queremos fortificar ainda mais a nossa estratégia”, remata Ricardo Moreira.
BI EMPRESARIAL
Promotores :
Ricardo Moreira, 33 anos
Serafim Costa, 40 anos
Área de atividade:
Tecnologia de informação e comunicação
Data de criação:
2002
Serviços:
Criação e implementação de projetos de e-commerce, portais institucionais, portais de negócios, desenvolvimento de soluções colaborativas, webdesign e aplicações web. Entre os clientes para quem trabalha estão várias marcas de relevo nacional de que são exemplo a Salsa, Parfois, Lion of Porches, Grupo Autosueco, Norauto, Trofa Saúde, Unicer, EDP Gás ou ainda o grande projeto de Homebanking para a CEMAH – Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, só para citar alguns.
Empregos criados:
Tem 34 colaboradores, cinco dos quais recrutados este ano. Para 2012, estima-se a criação de igual número de postos de trabalho.
Investimento inicial:
5.000 euros
Conselhos a outros empreendedores:
“O início é muito difícil… Quando se começa do zero não há clientes… É preciso acreditar muito naquilo que fazemos e perseverar. A experiência é também muito importante, dá-nos ‘tarimba' para o futuro. Antes de criar a Redicom, trabalhei cinco anos numa outra empresa e lá percebi que tipo de coisas não se devem fazer”, diz Ricardo Moreira.
Volume de negócios:
Em 2010, a faturação da Redicom atingiu a fasquia de um milhão de euros, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.
Endereço eletrónico:
www.redicom.pt