Autarquias dinamizam emprego e investem no empreendedorismo
Quando as estatísticas mais recentes revelam que são os jovens que mais tem pago a fatura da crise económica, com níveis de desemprego históricos, em Portugal as autarquias têm vindo a seguir há muito uma estratégia de promoção do autoemprego. Uma resposta à adversidade económica que, em alguns casos, mostra já os resultados notórios.
28.10.2011 | Por Cátia Mateus

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A Organização Internacional do Trabalho revelou recentemente os dados do seu estudo “Tendências Globais de Emprego para os Jovens” que não trouxe resultados animadores. O relatório argumenta que têm sido os jovens, nas economias europeias, a pagar o preço mais alto da crise. Em 2010 as taxas de desemprego na Europa atingiram máximos históricos, revelando-se as mais altas desde que o cálculo começou a ser feito, em 1991. A braços com uma taxa de desemprego elevada e consciente da prudência das empresas em recrutar em contexto de crise, Portugal tem desenvolvido projetos alternativos de fomento à empregabilidade e são cada vez mais os municípios que a nível local investem na promoção do empreendedorismo como caminho para o auto-emprego.
A estratégia é fomentar a iniciativa empresarial, criando estruturas locais que potenciem o surgimento de pequenas empresas capazes de gerar postos de trabalho. É esta a aposta de um número cada vez maior de municípios portugueses para combater o desemprego e dinamizar a economia local. Cascais é disso um bom exemplo. Através da sua agência municipal, a DNA Cascais, a autarquia já ajudou a promover a criação de mais de 140 empresas desde 2007 (altura da sua criação) e conseguiu captar para o concelho um investimento na ordem dos 16 milhões de euros. Números que mostram a importância daquele que é o maior projeto do género a nível nacional e que não vai ficar por aqui.
Esta semana a DNA Cascais apresentou dez novas empresas que correspondem a um investimento municipal superior a 360 mil euros e à criação imediata de 24 novos postos de trabalho que poderão transformar-se em 42 no prazo de três anos. Para Carlos Carreiras, presidente da autarquia, “a crença e a confiança no potencial e talento nacional justificam esta aposta no empreendedorismo”.
A agência DNA Cascais conta com um ninho de empresas onde ficarão sediados os novos negócios apoiados, maioritariamente na área das tecnologias de informação, serviços de psicologia e educação, consultoria, eficiência energética, saúde e bem-estar e serviços industriais. Desde que foi criada esta agência já potenciou a criação de 450 postos de trabalho, prevendo alcançar os 715 em três anos.
Formação, incubação, consultoria, partilha de ideias inovadoras, financiamento e networking são as áreas chave em que as autarquias atuam junto dos empreendedores, com resultados bem visíveis.
Na Amadora surgiu o Amadora Empreende para dar resposta a ideias com potencial nascidas nos bairros mais problemáticos do concelho, ajudando os seus mentores a materializar os projetos no terreno e alcançar com eles um meio de subsistência. O projeto está a funcionar desde 2008 e apoiou 13 projetos até 2010.
Em Almada está também a nascer uma estrutura de apoio ao empreendedorismo e esta semana a autarquia de Manteigas anunciou que vai investir 148 mil euros, apoiados em 80% por fundos comunitários, na criação de um ninho de empresas para apoiar os jovens empreendedores que pretendam criar o seu negócio. O novo ninho será criado nas antigas instalações da fábrica têxtil Sotave que a autarquia adquiriu por 396 mil euros.
Esmeraldo Carvalhinho, presidente da Câmara de Manteigas, prevê que as obras de adaptação das instalações da antiga fábrica estejam concluídas no próximo ano e adianta que “a autarquia vai promover o ninho de empresas junto do Instituto Politécnico da Guarda e da Universidade da Beira Interior para tentar atrair jovens que concluam os seus cursos e pretendam ter ajuda na criação da própria empresa”.
Ao criar a nova estrutura, o município pretende sediar no concelho, localizado na Serra da Estrela, empresas que possam vender os seus produtos e o seu trabalho para fora, mas que vejam Manteigas como um espaço de oportunidades. Um propósito que se tem vindo a tornar cada vez mais comum de norte a sul do país.
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