O exemplo mais recente desta capacidade de criação de emprego foi a integração de 150 profissionais qualificados no Centro de Competências em Software de Gestão Microsoft, em Viseu, promovido pela Bizdirect, a empresa do grupo Sonaecom e parceira da Microsof. Vocacionado para servir clientes na Europa, as oportunidades de emprego geradas neste centro têm como destinatários jovens recém-licenciados que a empresa especializará, com muita formação, nas suas áreas-core. A Microsoft instalou também em Lisboa o novo serviço de suporte telefónico para o Office 365, programa que passa a estar instalado numa cloud, em vez de estar alojado no computador do utilizador. A nova plataforma implicou a contratação de 25 novos profissionais numa primeira fase, mas a a multinacional admite realizar novas contratações.
Em paralelo, a Microsoft Portugal é também uma das 150 empresas que se associou à iniciativa Movimento para o Emprego, desenhada para assegurar estágios remunerados a jovens diplomados, com idade até aos 30 anos. No ano passado, o programa assegurou estágio de 12 meses a 1389 jovens. Para este ano a meta é alcançar os cinco mil estágios. Cada estagiário tem uma remuneração de cerca de 800 euros mensais, comparticipada em 80% por fundos públicos.
Com um potencial de criação de 700 a 800 mil vagas de emprego em 2015, o sector das Tecnologias de Informação é uma prioridade para a União Europeia que defende o reforço da formação e qualificação de profissionais aptos a trabalhar no sector, como forma de dar resposta às suas necessidades. Recorde-se que em março do ano passado, a Comissão Europeia sugeriu que os recursos humanos em situação de desemprego pudessem ser requalificados e formados para trabalhar na área das TI.
As 3250 empresas parceiras da Microsoft, responsáveis por vender, prestar serviços, apoiar ou criar soluções com base em produtos e plataformas Microsoft, podem ser multinacionais, grandes empresas nacionais ou PME. Juntas, asseguram 45 mil postos de trabalho em Portugal. Um número que equivale a um terço do total do sector das Tecnologias de Informação, que empregava 131.600 pessoas na altura da análise da UMinho. Segundo o estudo, “entre 2006 e 2010, a rede de empresas parceiras da subsidiária portuguesa da Microsoft registou um crescimento muito superior ao resto do mercado: enquanto as vendas do ecossistema Microsoft cresceram 26,5%, o mercado das TIC apenas aumentou 6,3%”.
Para João Couto, diretor-geral da Microsoft Portugal, “o estudo confirma o forte impacto que a Microsoft tem na economia do país, graças ao modelo de negócio enriquecedor, com uma estrutura de vendas e serviços alicerçada em parceiros portugueses”. O líder da subsidiária nacional do gigante tecnológico salienta ainda a mais-valia do modelo de negócio da marca como “criador de riqueza e gerador de emprego”.
De olhos no talento
Reconhecida como empresa de excelência e vista pelos jovens como uma das organizações mais atrativas para trabalhar, a Microsoft não prescinde da sua ligação permanente às universidades. Uma das faces visíveis desta partilha de saberes é a competição anual Imagine Cup, que desafia estudantes universitários a conceberem projetos inovadores em diversas categorias. A edição deste ano já está a decorrer os candidatos podem submeter os seus projetos até 7 de abril, através da página www.imagine-cup.com.
Há três categorias-chave nesta competição: Inovação, Cidadania e Jogos. As finais nacionais para apuramento dos projetos vencedores decorrerão em abril. Os projetos selecionados disputarão a final agendada para julho, em Seattle. Nas últimas edições da competição, Portugal tem registado bons desempenhos. No último ano a portuguesa Ana Ferraz, da Universidade do Minho, alcançou o primeiro lugar na final da Imagine Cup, com uma tecnologia que permite, através de um equipamento portátil, a identificação imediata do grupo sanguíneo. Mas a história da competição tem outros méritos nacionais.
Em 2012, a equipa de estudantes da Universidade Beira Interior conquistou o terceiro lugar na competição, com o projeto wi-GO, um carro de compras robotizado destinado a facilitar a vida a cidadãos com mobilidade reduzida.Na edição agora em curso a Microsoft vai voltar a desafiar a capacidade de inovação dos jovens portugueses na criação de ideias exequíveis que impliquem a utilização de produtos e soluções da empresa.