Para 42% dos empresários portugueses, líderes de empresas de pequena e média dimensão (PME’s), a redução de despesas e custos é encarada como a mais relevante estratégia de crescimento do negócio e uma fonte de oportunidades. No segundo lugar da lista está a aposta em novos segmentos de clientes, referida por 36% dos empresários nacionais como estratégica. Se isto, por si só, já não é suficiente para fazer soar alguns alarmes, saiba que só 12% das pequenas e médias empresas nacionais encaram a aposta e o investimento nos recursos humanos como fundamentais ao crescimentos e sucesso do negócio.
As conclusões resultam de um estudo realizado pela GFK junto de empresários de oito geografias distintas que revela que a relevância do investimento nos recursos humanos tem vindo a diminuir para as empresas nacionais: em 2013, 20% dos líderes consideravam-nos determinantes. Hoje não excedem os 13%. O estudo “Zurich PME: Riscos e Oportunidades” ouviu 200 líderes de PME’s em Portugal (diretores gerais, diretores financeiros e diretores de operações). Foram igualmente ouvidos diretores e gestores de empresas na Áustria, Alemanha, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça e Turquia, numa análise que traça a evolução dos riscos e oportunidades associadas à gestão empresarial nos últimos anos.
A Áustria é o país onde os líderes mais consideram a valorização dos recursos humanos como estratégica, com 22% dos gestores de topo a referi-lo. Irlanda e Turquia apresentam resultados ainda piores do que Portugal, 9% em ambos os casos. Nos lugares cimeiros da tabela de países analisados estão a Espanha (19%) e a Alemanha (18%). Entre os riscos de gestão que mais preocupam os líderes de PME’s nacionais estão os danos na reputação da empresa – o risco que mais cresceu face a 2013, tendo sido apontado por 17% dos líderes inquiridos, contra os 6% registados há quatro anos – e a saúde e segurança dos clientes ou colaboradores (14%), um valor que cresceu também quatro pontos percentuais face a 2013. Entre as preocupações dos gestores nacionais estão também o incumprimento por parte de parceiros e fornecedores (16%), os problemas legais e fiscais (15%) e a corrupção (4%).